15
marzo 2014, HispanTV http://hispantv.net (Irán)
Manifestação
em Kharkov. À medida que se desenrolam os acontecimentos na Ucrânia, aumentam
de tom no Ocidente as vozes que exigem sanções contra a Rússia. Uniram-se em
coro quando, em 1 de Março, o Conselho da Federação Russa aprovou por
unanimidade a lei que concede ao Presidente poderes especiais para usar as
forças armadas na Ucrânia a fim de impedir o alastramento do banditismo e
proteger a população russa na nação irmã.
por Valentin
Katasonov
A 2 de
Março, John Kerry, o secretário de Estado dos EUA, condenou o "incrível
acto de agressão" da Rússia na Ucrânia e ameaçou Moscovo com o isolamento
internacional. A 3 de Março as agências de informações noticiaram que sete
importantes estados do Ocidente (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão,
Grã-Bretanha e Estados Unidos) suspenderam os preparativos para a cimeira G8 em
Sochi (a Rússia preside ao grupo em 2014). O G7 disse que apoia a integridade
territorial e a soberania da Ucrânia e acolhe bem os seus renovados contactos
com o Fundo Monetário Internacional. Depois, seguem-se as ameaças. As sanções
económicas são o instrumento mais usado do Ocidente para exercer pressão sobre
os estados que se mantêm fiéis à sua própria política ou, pelo menos, tentam
fazê-lo. Como mostram algumas estimativas, os países ou territórios onde vive
metade da humanidade estão sob sanções impostas pelo Ocidente.
Não é a
primeira vez que a Rússia enfrenta a ameaça de sanções. Basta lembrar a
agressão da Geórgia contra a Ossécia do Sul em Agosto de 2008. A questão foi
debatida, embora não se tenha tomado qualquer decisão. Fez parte das discussões
no verão de 2012 a propósito do "caso Snowden". No final, Snowden
permaneceu na Rússia e não foram impostas quaisquer sanções.
No Outono de
2013, a situação na Síria tornou-se particularmente tensa quando a Rússia
apareceu decididamente a apoiar o governo do país. Apareceu uma carta de
senadores americanos exigindo que a administração impusesse sanções contra os
maiores bancos russos que, alegadamente, cooperavam com as autoridades sírias.
Na verdade, era um apelo direto para a declaração de guerra econômica contra a
Federação Russa. Acabou esfumando-se no ar.