sexta-feira, 14 de março de 2014

Angola/Criado centro de apoio a empresas chinesas

13 março 2014, 13 março 2014, Jornal de Angola http://jornaldeangola.sapo.ao (Angola)

A Câmara de Comércio da China em Angola criou em Luanda um centro de assistência legal e de apoio logístico às empresas e cidadãos chineses estabelecidos no país, anunciou o secretário-geral da instituição.

Zhao Hongbing disse à Rádio China Internacional (CRI) que há 500 empresas chinesas a operar em Angola e mais de cem mil chineses a trabalharem em projectos de reconstrução nacional, “um notável contributo ao desenvolvimento socioeconómico”.


A criação do centro de assistência, referiu, é justificada pelos “imensos desafios e dificuldades” resultantes da falta de conhecimento da legislação angolana e das “diferenças culturais” entre os dois países.

A nova estrutura, que coopera com a Embaixada da China em Luanda, tem como missão ajudar as empresas e cidadãos chineses na obtenção e renovação de vistos, registo de negócios e arbitragem em disputas comerciais.

Parceria estratégica

Angola a China estabeleceram em 2010 uma parceria estratégica, que começou com a passagem à prática do princípio oil for money que permite às linhas de crédito chinesas correspondem às exportações de petróleo angolano.

A China é o destino de cerca de metade das exportações de crude angolano. Os efeitos desta parceria são demonstrados pelo crescimento das trocas comerciais bilaterais, que aumentaram mais de dois mil por cento de 2002 a 2012, o que tornou Angola no segundo país lusófono com relações comerciais mais intensas com Pequim.

As trocas comerciais entre Angola e a China, que cresceram mais de 42 por cento em 2011, atingiram em 2012 o valor de 37,5 mil milhões de dólares, um aumento significativo comparativamente a 2002, quando era apenas de 1,8 mil milhões. Os números mais recentes das trocas comerciais bilaterais, demonstram que continuam a crescer.

Com o fim da guerra em 2002, a China concedeu a Angola apoio financeiro para a reconstrução do país destruído por cerca de quatro décadas de conflito armado.

A cooperação bilateral, baseada em empréstimos monetários, pagos com o petróleo, ficou rapidamente marcada pela presença em Angola de várias empresas chinesas a investirem em projectos de reconstrução e desenvolvimento, sobretudo no sector da construção de edifícios, estradas, pontes, escolas e instalação de fábricas.


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