4 fevereiro 2015, Federação Única dos Petroleiros
http://www.fup.org.br (Brasil)
Há quase um ano o País acompanha uma operação policial contra evasão
de divisas que detectou evidências de outros crimes, pelos quais são
investigadas pessoas que participaram da gestão da Petrobrás e de empresas
fornecedoras. A ação institucional contra a corrupção tem firme apoio da
sociedade, na expectativa de esclarecimento cabal dos fatos e rigorosa punição
dos culpados.
É urgente denunciar, no entanto, que esta ação tem servido a uma
campanha visando à desmoralização da Petrobrás, com reflexos diretos sobre o
setor de Óleo e Gás, responsável por investimentos e geração de empregos em
todo o País; campanha que já prejudicou a empresa e o setor em escala muito
superior à dos desvios investigados.
A Petrobrás tem sido alvo de um bombardeio de notícias sem adequada
verificação, muitas vezes falsas, com impacto sobre
seus negócios, sua
credibilidade e sua cotação em bolsa. É um ataque sistemático que, ao invés de
esclarecer, lança indiscriminadamente a suspeita sobre a empresa, seus
contratos e seus 86 mil trabalhadores dedicados e honestos.
Assistimos à repetição do pré-julgamento midiático que dispensa a
prova, suprime o contraditório, tortura a jurisprudência e busca constranger os
tribunais. Esse método essencialmente antidemocrático ameaça, hoje, a Petrobrás
e suas fornecedoras, penalizadas na prática, enquanto empresas produtivas, por
desvios atribuídos a pessoas físicas.
Ao mesmo tempo, o devido processo legal vem dando lugar ao tráfico
seletivo de denúncias, ofensivo à consciência jurídica brasileira, num ambiente
de obscuridade processual que propicia a coação e até o comércio de testemunhos
com recompensa financeira. Na aparente busca por eficácia, empregam-se métodos
que podem – isto, sim – levar à nulidade processual e ao triunfo da impunidade.
E tudo isso ocorre em meio a tremendas oscilações no mercado global
de energia, num contexto geopolítico que afeta as economias emergentes, o
Brasil, o Pré-Sal e a nossa Petrobrás.
Não vamos abrir mão de esclarecer todas as denúncias, de exigir o
julgamento e a punição dos responsáveis; mas não temos o direito de ser
ingênuos nessa hora: há poderosos interesses contrariados pelo crescimento da
Petrobrás, ávidos por se apossar da empresa, de seu mercado, suas encomendas e
das imensas jazidas de petróleo e gás do Brasil.
Historicamente, tais interesses encontram porta-vozes influentes na
mídia e nas instituições. A Petrobrás já nasceu sob o ataque de “inimigos
externos e predadores internos”, como destacou a presidenta Dilma Rousseff.
Contra a criação da empresa, em 1953, chegaram a afirmar que não havia petróleo
no Brasil. São os mesmos que sabotaram a Petrobrás para tentar privatizá-la, no
governo do PSDB, e que combateram a legislação do Pré-Sal.
Os objetivos desses setores são bem claros:
-- Imobilizar a Petrobrás e depreciar a empresa para facilitar sua
captura por interesses privados, nacionais e estrangeiros;
-- Fragilizar o setor brasileiro de Óleo e Gás e a política de
conteúdo local; favorecendo fornecedores estrangeiros;
-- Revogar a nova Lei do Petróleo, o sistema de partilha e a
soberania brasileira sobre as imensas jazidas do Pré-Sal.
Para alcançar seu intento, os predadores apresentam a Petrobrás
como uma empresa arruinada, o que está longe da verdade, e escondem do público
os êxitos operacionais. Por isso é essencial divulgar o que de fato aconteceu
na Petrobrás em 2014:
- A produção de petróleo e gás alcançou a marca histórica de 2,670
milhões de barris equivalentes/dia (no Brasil e exterior);
- O Pré-Sal produziu em média 666 mil barris de petróleo/dia;
- A produção de gás natural alcançou 84,5 milhões de metros
cúbicos/dia;
- A capacidade de processamento de óleo aumentou em 500 mil
barris/dia, com a operação de quatro novas unidades;
- A produção de etanol pela Petrobrás Biocombustíveis cresceu
17%, para 1,3 bilhão de litros.
E, para coroar esses recordes, em setembro de 2014 a Petrobrás
tornou-se a maior produtora mundial de petróleo entre as empresas de capital
aberto, superando a ExxonMobil (Esso).
O crescente sucesso operacional da Petrobrás traduz a realidade de
uma empresa capaz de enfrentar e superar seus problemas, e que continua sendo
motivo de orgulho dos brasileiros.
Os inimigos da Petrobrás também omitem o fato que está na raiz da
atual vulnerabilidade da empresa à especulação de mercado: a venda, a preço
vil, de 108 milhões de ações da estatal na Bolsa de Nova Iorque, em agosto de
2000, pelo governo do PSDB.
Aquela operação de lesa-pátria reduziu de 62% para 32% a
participação da União no capital social da Petrobrás e submeteu a empresa aos
interesses de investidores estrangeiros sem compromisso com os objetivos
nacionais. Mais grave ainda: abriu mão da soberania nacional sobre nossa
empresa estratégica, que ficou subordinada a agências reguladoras estrangeiras.
Os últimos 12 anos foram de recuperação e fortalecimento da
empresa. O País voltou a investir em pesquisa e a construir gasodutos e
refinarias. Alcançamos a autossuficiência, descobrimos e exploramos o Pré-Sal,
recuperamos para 49% o controle público sobre o capital social da Petrobrás.
O valor de mercado da Petrobrás, que era de 15 bilhões de dólares
em 2002, é hoje de 110 bilhões de dólares, apesar dos ataques
especulativos. É a maior empresa da América Latina.
A participação do setor de Óleo e Gás no PIB do País, que era de
apenas 2% em 2000, hoje é de 13%. A indústria naval brasileira, que havia sido
sucateada, emprega hoje 80 mil trabalhadores. Além dos trabalhadores da
Petrobrás, o setor de Óleo e Gás emprega mais de 1 milhão de pessoas no Brasil.
É nos laboratórios da Petrobrás que se produz nosso mais avançado
conhecimento científico e tecnológico. Os royalties do petróleo e o Fundo
Social do Pré-Sal proporcionam aumento significativo do investimento em
Educação e Saúde. Este é o papel insubstituível de uma empresa estratégica para
o País.
Por tudo isso, o esclarecimento dos fatos interessa, mais do que a
ninguém, aos trabalhadores da Petrobrás e à população brasileira, especialmente
à parcela que vem conquistando uma vida mais digna.
Os que sempre tentaram alienar o maior patrimônio nacional não têm
autoridade política, administrativa, ética ou moral para falar em nome da
Petrobrás.
Cabe ao governo rechaçar com firmeza as investidas políticas e
midiáticas desses setores, para preservar uma empresa e um setor que tanto
contribuíram para a atração de investimentos e a geração de empregos nos
últimos anos.
A direção da Petrobrás não pode, nesse grave momento, vacilar
diante de pressões indevidas, sujeitar-se à lógica dos interesses privados nem
agir como refém de uma auditoria que representa objetivos conflitantes com os
da empresa e do País.
A investigação, o julgamento e a punição de corruptos e
corruptores, doa a quem doer, não pode significar a paralisia da Petrobrás e do
setor mais dinâmico da economia brasileira.
É o povo brasileiro, mais uma vez, que defenderá a empresa
construída por gerações, que tem a alma do Brasil e simboliza nossa capacidade
de construir um projeto autônomo de Nação.
Pela investigação transparente dos fatos, no Estado de Direito, sem
dar trégua à impunidade;
Pela garantia do acesso aos dados e esclarecimentos da Petrobrás
nos meios de comunicação, isentos de manipulações;
Pela garantia do sistema de partilha, do Fundo Social e do papel
estratégico da Petrobrás na exploração do Pré-Sal;
Pela preservação do setor nacional de Óleo e Gás e da Engenharia
brasileira.
Defender a Petrobrás é defender o Brasil – nosso passado de lutas,
nosso presente e nosso futuro.
Federação Única dos Petroleiros
Para a assinatura do manifesto "DEFENDER A PETROBRÁS É
DEFENDER O BRASIL, clique aqui http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/30279
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Brasil/Petrobras: Recebemos o prêmio
Offshore Technology Conference 2015
3 fevereiro 2015, Petrobras -- Fatos e Dados http://www.petrobras.com.br/ Brasil
Em maio de 2015, em Houston (EUA), a Petrobras
receberá pela terceira vez o prêmio OTC Distinguished AchievementAward for Companies,
Organizations, and Institutions em reconhecimento ao
conjunto de tecnologias desenvolvidas para a produção da camada Pré-Sal. Esse
prêmio é o maior reconhecimento que uma empresa de petróleo pode receber na
qualidade de operadora offshore.
Em 1992, a Petrobras recebeu o prêmio por conquistas
técnicas notáveis relacionadas ao desenvolvimento de sistemas de produção em
águas profundas relativas ao campo de Marlim e, em 2001, por avanços nas
tecnologias e na economicidade de projetos de águas profundas, no
desenvolvimento do campo de Roncador.
Em carta comunicando a premiação à Petrobras, o
Presidente da Offshore Technology Conference (OTC), Edward G. Stokes, destacou:
“Este prêmio é um reconhecimento das conquistas notáveis, significativas e
únicas alcançadas pela Petrobras, e das grandes contribuições para a nossa
indústria (óleo e gás offshore). O comitê de seleção (da OTC) ficou
extremamente impressionado com esta nomeação. As conquistas que a Petrobras fez
na perfuração e produção desses reservatórios desafiadores são de classe
mundial. A indústria aprendeu muito a partir das informações compartilhadas
pela Petrobras sobre o Pré-Sal nos artigos e sessões apresentados na OTC. Nós
todos nos beneficiamos do seu sucesso.”
Desde 1969, a OTC promove anualmente o maior evento de
negócios do mundo na área de produção offshore de óleo e gás. É frequentado por
praticamente todas as operadoras de óleo e gás offshore, além de seus
fornecedores. Atualmente tem uma frequência de 100 mil congressistas de 130
países.
Nele é discutido o estado da arte da tecnologia
offshore de exploração, perfuração, produção e proteção ao meio ambiente e
também são exibidas as mais recentes inovações em produtos e serviços da
atividade de exploração e produção.
Produção no Pré-Sal
O recente recorde de produção de óleo na camada
Pré-Sal, de 713 mil barris diários de petróleo, obtido em 21/12/2014, demonstra
a robustez das tecnologias aplicadas.
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