sábado, 14 de fevereiro de 2015

Moçambique/FADM firmes na defesa do país -- garante Chefe do Estado-Maior General

13 Fevereiro 2015, Jornal Notícias http://www.jornalnoticias.co.mz (Moçambique)

O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), general Graça Chongo, garantiu ao ministro da Defesa Nacional que as Forças Armadas continuarão empenhadas na manutenção do poder do Estado em todo o país, para que as populações vivam num ambiente de paz, estabilidade social e desenvolvimento económico.

“Asseguramos, por isso, uma prontidão imediata, mantendo uma disponibilidade total e um exigente padrão de comportamento das tropas traduzido na disciplina, no respeito e cumprimento da lei, obedecendo ao princípio da subordinação das Forças Armadas ao poder civil democraticamente instituído. Esta é a característica própria da nossa instituição militar e ela continuará para sempre”,
declarou o general Graça Chongo, falando segunda-feira na cerimónia que assinalou a primeira visita do Ministro da Defesa Nacional, general Salvador Ntumuke, ao Estado-Maior General das FADM, em Maputo.

Na ocasião o general Chongo elencou alguns desafios em perspectiva.

Destacou, entre outras acções, que a sua instituição pretende levar a cabo o melhoramento das condições de vida e de trabalho dos militares, a formação e, principalmente, a especialização do pessoal do Exército, o completamento orgânico das Forças Armadas, a manutenção da disciplina no seio das tropas, o incremento da preparação combativa e da educação cívico-patriótica, o prosseguimento da reparação e manutenção da técnica e equipamento, a prossecução da revisão dos instrumentos legais, a elaboração dos documentos doutrinários e normativos e o prosseguimento da reabilitação e apetrechamento das infra-estruturas.

O chefe do Estado-Maior General das FADM manifestou, na mesma ocasião, a satisfação e o renovado orgulho com que os homens e mulheres que cumprem com dedicação e empenho, nas FADM, a nobre missão de defesa da pátria, sem medir esforços, contribuindo, desta forma, para que Moçambique e os moçambicanos gozem da paz para construir, continuamente, a sua soberania. Disse ainda que, no âmbito do cumprimento das suas atribuições, as FADM levaram a cabo uma série de actividades alinhadas com o Programa Quinquenal do Governo ora findo, engajando-se, sobretudo, na prossecução da Política de Defesa Nacional.

“Com efeito, e porque entendemos que o factor humano constitui o activo mais importante das instituições, desenvolvemos um programa estruturado de formação do pessoal, com maior incidência nas instituições de ensino nacionais, entre militares e civis”, disse o dirigente militar.

Preparação combativa permanente
No plano da prontidão combativa, uma das principais actividades do Estado-Maior General das FADM, o general Chongo disse que a sua instituição esteve empenhada, ao longo do tempo, em acções de preparação das tropas para estarem em condições em casos de necessidade.

“De entre essas acções destacamos os exercícios conjuntos e combinados que planificámos e/ou participámos preparando as nossas forças para poderem responder, em permanência, às necessidades de defesa do país bem como para salvaguardar a protecção dos interesses nacionais, onde, como e quando for considerado necessário”, disse o general Chongo.

No campo cultural destacou um conjunto alargado de actividades nas unidades militares espalhadas pelo país, cujo ponto mais alto foi a revitalização do Festival Cultural e Desportivo Militar, realizado no ano antepassado em Chimoio, na província de Manica, “momento durante o qual exaltámos a nossa moçambicanidade e cristalizámos a unidade nacional”.

O outro aspecto não menos importante destacado pelo chefe militar foi a interacção das FADM com as Forças Armadas de países com os quais Moçambique desenvolve relações de amizade e cooperação, guiados pelo princípio de que, nos dias que correm, “a defesa nacional dos Estados é cada vez mais uma acção colectiva e cooperativa, e não individual e isolada”.

“É assim que continuamos a estreitar as relações, sobretudo, com os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, colaborando em diversas matérias de cooperação, com ênfase nos exercícios da Série FELINO, nos quais temos vindo a participar regularmente nos seus distintos formatos”, destacou ainda o chefe das Forças Armadas.

Destacou igualmente a participação dos militares moçambicanos em missões no estrangeiro sob a égide das organizações regionais, continentais e globais, tanto no âmbito do cumprimento da política externa do Estado moçambicano como movidos pela convicção de que estas missões permitem afirmar Moçambique como uma nação que contribui para o esforço internacional de manutenção da paz no mundo.

No que às acções de apoio humanitário diz respeito, as FADM continuaram a prestar a sua maior atenção na mitigação dos efeitos das calamidades naturais, contribuindo para a restauração da normalidade da vida das populações.

“Sobre este aspecto estamos empenhados na busca e salvamento das populações afectadas pelas enxurradas na presente época chuvosa, que estão a fustigar, sobretudo, as regiões centro e norte do país”, relatou o general Chongo, sublinhando que as nossas forças armadas cumprem estas missões com dedicação, empenho e sentido de missão porque elas traduzem a tarefa que o país lhes delegou, e, por isso, continuam prontas para corresponder às expectativas.

O chefe do Estado-Maior General assegurou, ainda na sua comunicação perante o ministro da Defesa Nacional, que as Forças Armadas continuarão empenhadas na manutenção do poder do Estado em toda a extensão territorial do país, contribuindo, deste modo, para que as populações possam viver num ambiente de paz, estabilidade social e desenvolvimento económico.

“Asseguramos, por isso, uma prontidão imediata, mantendo uma disponibilidade total e um exigente padrão de comportamentodas tropastraduzido na disciplina, no respeito e cumprimento da lei, obedecendo ao princípio da subordinação das Forças Armadas ao poder civil democraticamente instituído. Esta é acaracterística identitária própria da nossa instituiçãomilitar, e ela continuará para sempre”, concluiu.

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Moçambique/Gás do Rovuma: fábrica flutuante ambientalmente viável
12 de Fevereiro de 2015, Rádio Moçambique http://www.rm.co.mz (Moçambique)
 
O estudo de impacto ambiental sobre o Projecto da Fábrica Flutuante de Gás Natural Liquefeito (FLNG), na bacia sedimentar do Rovuma, na província de Cabo Delgado, é considerado ambientalmente viável se todas as medidas de mitigação dos possíveis impactos residuais de significância crítica forem tomadas em conta.

A constatação está inserida no relatório preliminar do estudo apresentado publicamente esta quinta-feira em Maputo pela Consultec, entidade que se encarregou de efectuar o trabalho sobre a futura fábrica flutuante de gás natural, cujo processo de produção deverá iniciar, em princípio, em finais de 2019.

O projecto da fábrica, na área 4, localizar-se-á em águas profundas da Bacia do Rovuma, com profundidades que variam entre 1500 a 2600 metros. A área em referência localiza-se a cerca de 250 quilómetros a nordeste da cidade de Pemba e o seu limite ocidental dista mais de 50 quilómetros de linha de costa da província de Cabo Delgado.

A unidade flutuante, com um tempo de vida estimado em 25 anos, foi concebida para uma capacidade de produção máxima de gás natural liquefeito de 2500 a 3000 milhões de toneladas por ano, (equivalente a três gigawatts).

O projecto pretende contemplar, no segundo trimestre de 2015, a fase inicial de engenharia e concepção (Front-End Engineering and Design FEED).
Segundo a Consultec, no capítulo da mão-de-obra, o projecto da fábrica flutuante vai, na fase operacional, gerar 820 empregos, dos quais 380 contratados directamente pela ENI East Africa (EEA), enquanto o remanescente será por empreiteiros e empresas de serviços que directa ou indirectamente trabalha para o projecto.

Para além deste universo, as fases de perfuração, instalação e comissionamento prevêem um pico de 1350 trabalhadores, incluindo pessoal em rotação.

“A EEA assume o compromisso de fornecer oportunidades de formação, associadas à transferência de competências no trabalho, oportunidades de formação educativa adicional e intercâmbio de conhecimentos e de experiências”, disse a Consultec.

Todavia, o projecto da fábrica se divide em cinco fases que vão desde a perfuração e conclusão dos poços, instalação, comissionamento, operação e desactivação que nos estudos ambientais feitos terão um impacto que varia de baixo a médio, devendo, para o efeito, seguir a medidas de mitigação preconizadas.

O estudo aponta, a título de exemplo, a perturbação da paisagem marinha durante as fases de perfuração, instalação, comissionamento e desactivação, mas que a iluminação nas instalações permanentes será desenhada com o objectivo de reduzir o brilho da luz, embora mantendo as condições de segurança e saúde no local de trabalho e cumprindo os requisitos para uma navegação segura.

Ainda no capítulo dos impactos associados com as fases ora citadas, o estudo apontou ainda a potencial degradação da água do mar devido a descargas das aparas de perfuração durante as fases de perfuração e instalação.

Neste caso, no ambito das medidas de mitigação, o estudo aponta a monitorização periódica da qualidade de água do mar para verificar o cumprimento com os padrões de qualidade do ambiente. (RM/AIM)


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