16 fevereiro 2015, Jornal
Noticias 2015 http://www.jornalnoticias.co.mz
(Moçambique)
Ansiedade, expectativa e muita
maquilhagem encurtaram os quase oito mil quilómetros que separam São Paulo de
Maputo, antes do desfile da Escola de Samba Nenê da vila Matilde sobre
Moçambique.
Na magia do carnaval, o incómodo das
pinturas, as roupas desconfortáveis, a dor nos pés e o cansaço após dez horas
de preparação para um desfile transformam-se em alegria e samba no pé na
passagem pelo sambódromo.
O enredo “Moçambique − A Lendária
Terra do Baobá Sagrado”, atraiu
a presença de Richard Pierre Gbago Zoumanigui,
nascido em Quelimane, e que actualmente estuda Ciências e Contabilidade no
interior de São Paulo.
“Achei o ensaio geral muito
fantástico, foi uma experiência incrível. Presenciar um momento em que o meu
país é homenageado e valorizar a minha cultura é uma coisa que não tem como
medir”, afirmou o estudante, poucas horas antes do desfile nos preparativos na
sede da escola.
Zoumanigui realçou que os dois
países são próximos historicamente e que o samba valoriza também a cultura afro
descendente no Brasil.
O estudante apontou apenas uma
dificuldade: o samba no pé. “Embora seja um pouco difícil sambar como os
brasileiros, vejo uma interligação muito boa”.
O desfile contou também com uma
presença de um brasileiro com um nome bastante conhecido dos moçambicanos,
Samora Machel, 26 anos, nome homónimo do primeiro presidente do país.
“Desde o início eu simpatizei com o
enredo porque ele narra o contexto geral da história de Moçambique, a chegada
dos muçulmanos, dos portugueses e as riquezas naturais. E tudo de uma forma
mágica para quem vai acompanhar”, disse Machel, que recebeu o nome à nascença
em homenagem ao líder político e que é agora gerente da Câmara de Comércio e
Indústria e Agro-pecuária Brasil–Moçambique.
Na sede da escola, os foliões
conversavam e tentavam guardar energias para o desfile que se aproximava.
A maquilhadora e directora de
bateria, Cristiane Silva, 39 anos, disse que o cansaço se transformaria em
emoção.
“É muitas vezes exaustivo. Mas,
quando chega no dia do carnaval, que vemos aquele povo todo, os carros, aquele
clarão, e a gente não aguentam. Daí dá dor de cabeça e de barriga. É a hora em
que todo mundo entra na mesma sintonia e começa a chorar”, contou.
A passista Anna Beatriz dos Santos
Monteiro, 17 anos, disse à LUSA que aprendeu muito sobre Moçambique devido ao
enredo da escola.
“Tem muito preconceito contra a
cultura afro e é bom mostrar também as riquezas dos outros países”, explicou. (LUSA)
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Brasil/Olodum homenageia a Etiópia no carnaval
de 2015
16 fevereiro 2015, Vermelho http://www.vermelho.org.br
(Brasil)
Faraó, Divindade do Egito, este é o primeiro sucesso do Olodum, lançado há 28 anos. Um dos mais tradicionais símbolos da cultura baiana e do carnaval de Salvador, o grupo foi parceiro do cantor pop Michael Jackson. O artista esteve no Brasil em 1996 e gravou um videoclipe com o Olodum. A parceria ficou conhecida mundialmente e tocou em cerca de 40 países.
Há 35 anos no carnaval baiano e com mais de 25 álbuns lançados, este ano
a banda vai às ruas homenagear um país africano, com o tema Etiópia, A Cruz de
Lalibela e o Pagador de Promessas. A ideia do tema de 2015 é chamar a atenção
para a fé e a intolerância religiosa.
Além do sucesso mundial, o grupo desenvolve um trabalho social voltado às famílias de baixa renda, na capital da Bahia, com aulas de canto, percussão, cursos de empreendedorismo cultural, informática, formação de liderança, seminários e workshops. O samba-reggae é o estilo tocado pelo Olodum, representado nas cores verde, amarelo e vermelho, que significa a união dos povos da África.
O Olodum volta às ruas de Salvador, nesta terça-feira (17), último dia de carnaval, no Circuito Osmar, no bairro do Campo Grande. (Fonte: Agência Brasil)
Além do sucesso mundial, o grupo desenvolve um trabalho social voltado às famílias de baixa renda, na capital da Bahia, com aulas de canto, percussão, cursos de empreendedorismo cultural, informática, formação de liderança, seminários e workshops. O samba-reggae é o estilo tocado pelo Olodum, representado nas cores verde, amarelo e vermelho, que significa a união dos povos da África.
O Olodum volta às ruas de Salvador, nesta terça-feira (17), último dia de carnaval, no Circuito Osmar, no bairro do Campo Grande. (Fonte: Agência Brasil)
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