3 novembro 2013, ODiario.info http://www.odiario.info
(Portugal)
Os
Editores
Um
esclarecedor vídeo que nos chega da Venezuela alerta para a gravidade da
conspiração em desenvolvimento, montada em Washington com o objetivo de
destruir a Revolução Bolivariana.
A
intensificação da desestabilização económica desencadeada naquele país pela
direita repete com pouca imaginação a primeira fase do plano golpista contra o
Chile da Unidade Popular, ideado pela Administração Nixon e cujo desfecho foi o
sangrento golpe fascista do 11 de setembro de 1973.
Em
Caracas e nas principais cidades da Venezuela a escassez é hoje uma realidade.
Nos supermercados falta carne, peixe, farinha, arroz, óleos comestíveis, sabão,
até papel higiénico. O bolívar desvaloriza-se, o câmbio negro do dólar dispara,
a inflação galopante aumenta a cada semana. A violência alastra, os atentados
terroristas multiplicam-se.
A
oposição legal organiza manifestações que lembram as passeatas das panelas
chilenas, tenta desorganizar os transportes. Os media - controlados
maioritariamente pela oligarquia financeira - incitam à rebelião,
insultam o
presidente, forjam calúnias contra membros do governo.
O
Presidente Maduro expulsou diplomatas americanos, demonstrando com provas que
promoviam reuniões clandestinas com dirigentes da oposição, incentivando-os a
atividades de caracter terrorista.
O
paralelismo com ações que precederam o golpe no Chile é transparente.
Documentos
desclassificados em Washington revelaram que Nixon deu instruções a Kissinger
para financiar e montar, com a colaboração da CIA e do Pentágono, o golpe do 11
de Setembro.
Mas Obama
está consciente da impossibilidade de repetir a solução chilena. A derrota da
intentona de 2001 persuadiu os generais do Pentágono de que um golpe militar
vitorioso é inviável.
A
história não pode repetir-se. A grande maioria do corpo de oficiais das Forças
Armadas venezuelanas continua a apoiar com firmeza o governo de Nicolas Maduro,
sucessor de Hugo Chávez.
Washington
pretende com a guerra económica em curso criar uma situação de caos que altere
a relação de forças atual, desfavorável às ambições da oposição, cada vez mais
controlada por uma direita cavernícola.
Denunciar
a conspiração promovida pelo imperialismo estado-unidense e reforçar a
solidariedade com a Revolução bolivariana torna-se nestes dias um dever das
forças progressistas em todo o mundo.
Os
Editores de odiario.info
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