segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A DESESTABILIZAÇÃO ECONÓMICA NA VENEZUELA REPETE O PRECEDENTE CHILENO



3 novembro 2013, ODiario.info http://www.odiario.info (Portugal)

Os Editores

Um esclarecedor vídeo que nos chega da Venezuela alerta para a gravidade da conspiração em desenvolvimento, montada em Washington com o objetivo de destruir a Revolução Bolivariana.

A intensificação da desestabilização económica desencadeada naquele país pela direita repete com pouca imaginação a primeira fase do plano golpista contra o Chile da Unidade Popular, ideado pela Administração Nixon e cujo desfecho foi o sangrento golpe fascista do 11 de setembro de 1973.

Em Caracas e nas principais cidades da Venezuela a escassez é hoje uma realidade. Nos supermercados falta carne, peixe, farinha, arroz, óleos comestíveis, sabão, até papel higiénico. O bolívar desvaloriza-se, o câmbio negro do dólar dispara, a inflação galopante aumenta a cada semana. A violência alastra, os atentados terroristas multiplicam-se.

A oposição legal organiza manifestações que lembram as passeatas das panelas chilenas, tenta desorganizar os transportes. Os media - controlados maioritariamente pela oligarquia financeira - incitam à rebelião,
insultam o presidente, forjam calúnias contra membros do governo.

O Presidente Maduro expulsou diplomatas americanos, demonstrando com provas que promoviam reuniões clandestinas com dirigentes da oposição, incentivando-os a atividades de caracter terrorista.
O paralelismo com ações que precederam o golpe no Chile é transparente.

Documentos desclassificados em Washington revelaram que Nixon deu instruções a Kissinger para financiar e montar, com a colaboração da CIA e do Pentágono, o golpe do 11 de Setembro.

Mas Obama está consciente da impossibilidade de repetir a solução chilena. A derrota da intentona de 2001 persuadiu os generais do Pentágono de que um golpe militar vitorioso é inviável.

A história não pode repetir-se. A grande maioria do corpo de oficiais das Forças Armadas venezuelanas continua a apoiar com firmeza o governo de Nicolas Maduro, sucessor de Hugo Chávez.

Washington pretende com a guerra económica em curso criar uma situação de caos que altere a relação de forças atual, desfavorável às ambições da oposição, cada vez mais controlada por uma direita cavernícola.

Denunciar a conspiração promovida pelo imperialismo estado-unidense e reforçar a solidariedade com a Revolução bolivariana torna-se nestes dias um dever das forças progressistas em todo o mundo.

Os Editores de odiario.info

Nenhum comentário: