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novembro 2013, Ponto Final http://pontofinalmacau.wordpress.com (China, Macau)
O secretário-executivo da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, afirmou
ontem que a organização pretende conjugar esforços com o Fórum Macau, considerando
esta plataforma como um complemento das suas acções políticas.
“Vejo o Fórum Macau como um
complemento das acções políticas que a CPLP está a desenvolver. Nós temos já
consolidada a nossa cooperação político-diplomática e o Fórum Macau vai é trazer
um complemento novo, que é a parte empresarial, porque é um fórum
essencialmente económico”, disse Murargy à agência Lusa, à margem de um
seminário no Instituto Internacional de Macau.
Ao sublinhar que o objectivo é que
a “CPLP e o Fórum Macau sejam complementares”,
Murade Murargy salientou que a
união de esforços poderá “trazer mais-valias à cooperação”.
“A CPLP estava em princípio mais
focada na área político-diplomática, na área da língua, em alguma cooperação
técnica para o desenvolvimento e agora está a construir o seu quarto pilar, que
é a cooperação económico-empresarial. Então podemos conjugar esforços [com o
Fórum Macau] de modo a reforçar a própria organização que é a CPLP”, sustentou.
E neste âmbito, disse ainda, a
“língua portuguesa tem de ser vista como uma grande valia na questão dos
negócios, isso vai obrigar os chineses a aprenderem o português e quem fala
português a aprender o chinês”.
O secretário-executivo da CPLP
considerou que o plano de acção resultante da conferência ministerial do Fórum
Macau, na qual participou esta semana, “é um grande avanço para a cooperação
entre a China e os países de língua portuguesa”, salientando o “elemento novo
que é a triangulação entre Portugal, China e o Brasil”.
Para Murargy, a cooperação entre
Portugal, Brasil e a China, “sobretudo na sua intervenção em África, vai
permitir que acções conjuntas possam dar mais resultados do que se surgirem
como concorrentes, bem como uma melhor qualidade dos projectos”.
“Quanto a grandes obras, por
exemplo, se as empresas portuguesas, chinesas e brasileiras conseguirem
conjugar esforços com vista a actuarem nos nossos países vão trazer maior
qualidade, mesmo a questão dos preços, há uma série de vantagens”, apontou,
defendendo a cooperação dos três países numa lógica de obtenção de benefícios
mútuos.
Ainda no que toca ao plano de acção
aprovado na terça-feira para os próximos três anos, o secretário-executivo da
CPLP destaca também a questão da formação.
“Os nossos países, sobretudo os
países africanos, ainda têm um grande défice, uma grande carência de mão de
obra qualificada e estou convencido de que, com as bolsas de estudo que foram
anunciadas, possamos formar mais gente necessária para diversas áreas,
sobretudo na área do Direito, que é onde se faz mais notar a carência de
quadros”, concluiu.
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