terça-feira, 26 de novembro de 2013

Moçambique/Guebuza por maior acesso à energia solar



23 de Novembro de 2013, Rádio Moçambique http://www.rm.co.mz

O Presidente Armando Guebuza disse esperar que a nova fábrica de painéis solares eleve a fasquia de consumo para além dos actuais 12 por cento e contribua para que mais famílias tenham acesso a energia tanto para conservar os seus bens de consumo, quanto iluminar e alimentar os seus electrodomésticos.

Guebuza manifestou o desiderato na cerimónia de inauguração nesta sexta-feira da primeira unidade industrial de fabrico de painéis solares,
situada em Beluluane, distrito de Boane, província meridional de Maputo, cuja primeira pedra à construção foi lançada em Novembro de 2009.

A expectativa do estadista moçambicano é que a unidade fabril, resultado de um investimento calculado em 13 milhões de dólares americanos, financiados pela India, catapulte ainda mais o uso generalizado desta fonte de energia.

“Reforçamos o uso de energias renováveis através de painéis solares graças aos quais logramos iluminar até Setembro último um agregado de 207 vilas, 344 escolas e 403 unidades sanitárias”, disse o presidente, apontando que os programas, no seu conjunto, beneficiam um total de 3,5 milhões de concidadãos nas sedes distritais, postos administrativos e localidades.

O empreendimento, segundo a presidente do Conselho de Administração (PCA) do Fundo de Energia (FUNAE), Miquelina Menezes, foi construído com recurso às tecnologias disponíveis para a produção de painéis solares.

Na fábrica, segundo a fonte, serão produzidos cerca de cinco por cento dos painéis de 10mw/ps, 55 por cento de painéis de 75mw/ps, 30 por cento de painéis de 100mw/ps e 10 por cento de painéis de 150mw/ps, tudo isto em função das necessidades do mercado.

A escolha dos painéis foi baseada na experiência do FUNAE na electrificação ao longo do país com painéis solares.

Os painéis produzidos na nova fábrica serão usados na electrificação rural, particularmente escolas e centros de saúde, feito que permitirá o funcionamento do curso nocturno, garantir a conservação de vacinas nas unidades sanitárias, bem como o atendimento nocturno daqueles que procuram cuidados hospitalares, incluindo o aumento de partos institucionais.
As comunidades sem acesso a energia convencional serão também beneficiadas, bem como as outras infra-estruturas cuja disponibilidade deste factor de desenvolvimento é fundamental.

A produção de painéis permitirá igualmente o aumento do seu acesso por todo a população a preços mais acessíveis e, para o efeito, é fundamental a participação do sector privado para a sua disseminação.

No projecto, a India ajudou a construir a fábrica incluindo o fornecimento e instalação do respectivo equipamento, bem como a matéria-prima (células fotovoltaicas, vidro, perfis de alumínio e outros componentes eléctricos para o fabrico dos painéis) para laborar durante seis meses.

Na fase de edificação foram empregues 200 trabalhadores moçambicanos de várias especialidades.

Para garantir o funcionamento da fábrica, foram treinados na India 17 técnicos moçambicanos, entre superiores e médios, em tecnologias de produção de painéis e manutenção de equipamentos de toda a fábrica.

A taxa de acesso a energia da rede nacional cifra actualmente os 40 por cento, dos quais 26 por cento da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) e 14 por painéis solares. (RM/AIM)

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