O Presidente Armando Guebuza disse
esperar que a nova fábrica de painéis solares eleve a fasquia de consumo para
além dos actuais 12 por cento e contribua para que mais famílias tenham acesso
a energia tanto para conservar os seus bens de consumo, quanto iluminar e
alimentar os seus electrodomésticos.
Guebuza manifestou o desiderato na
cerimónia de inauguração nesta sexta-feira da primeira unidade industrial de
fabrico de painéis solares,
situada em Beluluane, distrito de Boane, província
meridional de Maputo, cuja primeira pedra à construção foi lançada em Novembro
de 2009.
A expectativa do estadista
moçambicano é que a unidade fabril, resultado de um investimento calculado em
13 milhões de dólares americanos, financiados pela India, catapulte ainda mais
o uso generalizado desta fonte de energia.
“Reforçamos o uso de energias
renováveis através de painéis solares graças aos quais logramos iluminar até
Setembro último um agregado de 207 vilas, 344 escolas e 403 unidades
sanitárias”, disse o presidente, apontando que os programas, no seu conjunto,
beneficiam um total de 3,5 milhões de concidadãos nas sedes distritais, postos
administrativos e localidades.
O empreendimento, segundo a
presidente do Conselho de Administração (PCA) do Fundo de Energia (FUNAE),
Miquelina Menezes, foi construído com recurso às tecnologias disponíveis para a
produção de painéis solares.
Na fábrica, segundo a fonte, serão
produzidos cerca de cinco por cento dos painéis de 10mw/ps, 55 por cento de
painéis de 75mw/ps, 30 por cento de painéis de 100mw/ps e 10 por cento de
painéis de 150mw/ps, tudo isto em função das necessidades do mercado.
A escolha dos painéis foi baseada
na experiência do FUNAE na electrificação ao longo do país com painéis solares.
Os painéis produzidos na nova
fábrica serão usados na electrificação rural, particularmente escolas e centros
de saúde, feito que permitirá o funcionamento do curso nocturno, garantir a
conservação de vacinas nas unidades sanitárias, bem como o atendimento nocturno
daqueles que procuram cuidados hospitalares, incluindo o aumento de partos institucionais.
As comunidades sem acesso a energia
convencional serão também beneficiadas, bem como as outras infra-estruturas
cuja disponibilidade deste factor de desenvolvimento é fundamental.
A produção de painéis permitirá
igualmente o aumento do seu acesso por todo a população a preços mais
acessíveis e, para o efeito, é fundamental a participação do sector privado
para a sua disseminação.
No projecto, a India ajudou a
construir a fábrica incluindo o fornecimento e instalação do respectivo
equipamento, bem como a matéria-prima (células fotovoltaicas, vidro, perfis de
alumínio e outros componentes eléctricos para o fabrico dos painéis) para
laborar durante seis meses.
Na fase de edificação foram
empregues 200 trabalhadores moçambicanos de várias especialidades.
Para garantir o funcionamento da
fábrica, foram treinados na India 17 técnicos moçambicanos, entre superiores e
médios, em tecnologias de produção de painéis e manutenção de equipamentos de
toda a fábrica.
A taxa de acesso a energia da rede nacional
cifra actualmente os 40 por cento, dos quais 26 por cento da Hidroeléctrica de
Cahora Bassa (HCB) e 14 por painéis solares. (RM/AIM)
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