12
novembro 2013, CIMI--Conselho
Indigenista Missionário http://www.cimi.org.br
(Brasil)
Fonte da notícia: Cimi
O
Conselho Indigenista Missionário (Cimi) presta solidariedade aos jornalistas e
demais profissionais da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), vinculada ao
governo federal, em greve desde a última quinta-feira. Em vários estados os
trabalhadores e trabalhadoras pararam suas atividades em busca de valorização
não apenas profissional, mas também da própria comunicação e jornalismo
públicos.
A greve, conforme informou o Sindicato dos Jornalistas do
Distrito Federal, foi deflagrada devido ao impasse na negociação entre a
comissão dos empregados, os sindicatos e a direção da empresa. Os trabalhadores
rejeitaram
proposta da empresa que prevê um acordo de dois anos, com
reajuste no valor do IPCA (índice da inflação) mais ganho real de 0,5% em 2013
e outro de 0,5% em novembro de 2014.
No
entendimento do Cimi, a comunicação pública sofre com a
desidratação promovida por um projeto governamental que privilegia o
privado em detrimento do público. Portanto, enquanto o governo escoa milhões
para empresas privadas de comunicação, a EBC se limitou às mudanças no início
da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, e dali por diante passou a ser
preterida e estancada, tal como outras propostas umbilicais, caso da
democratização da comunicação.
À
margem da discussão mais ampla e política, os profissionais da EBC hoje, no
âmbito da causa indígena, são os ‘ouvidos’ de primeira hora aos gritos de dor
dos povos originários, bem como de suas reivindicações, resistências e
proposições de um novo mundo possível. Por força de dever público, estão em
permanente ausculta ao coração perdido da pátria em aldeias, comunidades
ribeirinhas, quilombos, vítimas de migrações forçadas, desmandos estatais e
coronelistas. Valorizá-los é um dever do governo federal com quem mais
necessita deste fundamental serviço público.
Impossível
não se lembrar da atenção dispensada pela Rádio Nacional da Amazônia aos povos
indígenas, voz crítica e identificada com os povos e populações de uma parte do
país em constante ataque de mineradoras, madeireiros, grileiros e projetos
desenvolvimentistas. O programa Amazônia Brasileira é talvez a única forma de
comunicação para centenas de comunidades indígenas, e demais populações
tradicionais, espalhadas pelo norte do país. Por ali se informam, ouvem os
‘parentes’ e sabem o que as delegações indígenas fazem quando vêem a Brasília.
Os
jornalistas Agência Brasil, alimentando as redes virtuais, e a TV Brasil,
sempre presente nas atividades dos povos indígenas, também merecem nossa
lembrança e reconhecimento. Tais profissionais merecem a devida valorização,
entendendo ela nos parâmetros definidos pelas categorias profissionais em
greve.
Conselho
Indigenista Missionário – Cimi
Brasília,
12 de novembro de 2013
Notas do Cimi
A tese do marco temporal deve ser
analisada com parcimônia, sob pena de negar o direito originário
Mensagem da XX Assembleia Geral do
Cimi a Dom Pedro Casaldáliga e a Dom Tomás Balduíno
No apoio incondicional ao
protagonismo e autodeterminação dos povos indígenas, denunciamos os ataques e
investidas contra os direitos à terra, o esbulho de territórios, a invasão, a
violência, o...
JULGAMENTO NO STF O Conselho
Permanente da CNBB, reunido nesta terça-feira, 22 de outubro, divulgou nota em
que manifesta sua confiança na decisão favorável aos povos indígenas no
julgamento dos...
O Conselho Indigenista Missionário
(Cimi) repudia com veemência a decisão do presidente da Câmara dos Deputados,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que, por meio de Ato da Presidência,
constituiu, no...
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