25
novembro 2013, Macauhub http://www.macauhub.com.mo (China)
Angola,
Moçambique e Cabo Verde assistiram nas últimas semanas ao lançamento de novos
projectos de infra-estruturas, como barragens e estradas, de que irão recolher
os benefícios nos próximos anos.
Numa
altura em que Angola procura expandir a sua capacidade de produção de
electricidade, em particular no interior do país, a China Gezhouba Corporation
(CGGC) assinou no início do mês um contrato com o governo de Angola para
remodelar e expandir uma barragem na Lunda Norte.
O
contrato prevê
a reparação do equipamento existente, substituição do actual
canal e construção de uma nova central de produção com 48,5 megawatts de
capacidade, além de uma subestação de transformação.
Localizado
no rio Lua Sim, o projecto, a ficar concluído dentro de 3 anos, “irá assegurar
a segurança energética e melhorar a economia local, estabilidade social e ambiente
de investimento”, refere a empresa, que anteriormente ganhou o contrato para a
construção do porto de Cabinda.
As
empresas chinesas têm vindo a ter um papel de liderança na reparação e
construção de infra-estruturas em Angola, nomeadamente estradas e
caminhos-de-ferro, mas também escolas, hospitais e outro tipo de edifícios
públicos.
O
financiamento tem sido assegurado pelas linhas de crédito concedidas por bancos
estatais da China, garantidas por contratos de fornecimento petrolífero, que
fazem com que hoje Angola seja o segundo maior fornecedor de petróleo à China,
com tendência para ganhar terreno em relação à Arábia Saudita.
Também
Moçambique recebeu nas últimas semanas a notícia de um importante projecto
envolvendo empresas chinesas, neste caso rodoviário.
Com
financiamento do Banco de Exportações e Importações (ExIm) da China, avaliado
em mais de 416 milhões de dólares, serão reparados 286 quilómetros de estrada
entre o porto moçambicano da Beira e a fronteira com o Zimbabué.
O acordo,
assinado em Maputo entre o ministro das Finanças moçambicano, Manuel Chang, e o
vice-presidente do banco chinês, Zhu Hongjie, prevê uma taxa de juro de 1%, com
7 anos de período de graça e uma maturidade total de 20 anos.
De acordo
com a agência Ecofin, esta estrada é “estratégica para a circulação de bens e
pessoas entre Moçambique, Zimbabué, Malaui e Tanzânia”.
Através
do porto da Beira, estes países poderão encaminhar os seus produtos para
exportação, dinamizando a actividade económica moçambicana e dando ao país uma
maior importância no contexto regional.
Maputo
recebeu este mês a visita do vice-presidente da Comissão Nacional da
Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, Qi Xuchun, que se encontrou com
o primeiro-ministro moçambicano, Alberto Vaquina.
No final
da reunião o primeiro-ministro de Moçambique manifestou o desejo de expandir a
cooperação nos sectores da agricultura, energia e turismo e Qi Xuchun disse que
os dois países deverão continuar a aprofundar a “cooperação pragmática” na base
do consenso alcançado na reunião a nível presidencial em Maio último.
Em Cabo
Verde, o embaixador da China, Su Jian, procedeu sexta-feira à entrega formal ao
governo do arquipélago do Estádio Nacional, infra-estrutura desportiva
construída nos arredores da capital, Praia, com financiamento da China.
(macauhub)
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