segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Angola/ORGULHO DE SER ANGOLANO



11 novembro 2013, Jornal de Angola http://jornaldeangola.sapo.ao (Angola)

Victor Carvalho

Passados que são 38 anos sobre a proclamação da nossa Independência Nacional e ao fim de onze anos de paz podemos dizer, com convicção, que Angola é hoje um país estável e que a paz está a consolidar-se, embora este facto possa causar certos embaraços em determinados sectores que parecem continuar apostados em tudo fazer para colocar obstáculos e lançar a lama para minimizar todo o esforço nacional que marca o nosso quotidiano.

De acordo com o recente discurso feito pelo Presidente José Eduardo dos Santos sobre o Estado da Nação, os Angolanos estão a trabalhar seriamente para recuperar o tempo perdido durante a guerra, vencer assim as dificuldades e melhorar as condições em que vivem.

Não obstante o facto da evolução da economia a nível internacional continuar a ser afectada por problemas do sistema financeiro que obviamente se reflectiram também em Angola, a verdade é que o desempenho financeiro tem sido positivo, prevendo os especialistas um crescimento da ordem dos 5,1 por cento.

Esta previsão permite
acalentar as esperanças de que Angola vai continuar o processo de melhoramento das suas infra-estruturas básicas, dando dessa forma seguimento ao programa de criação de condições para que todos os angolanos possam beneficiar de melhor conforto para vencer os desafios do futuro.

Mesmo que isso doa a muitos, Angola é dos países do mundo que mais tem crescido, do ponto de vista económico e social, sendo variadas vezes apontado como um caso de referência no que toca a aplicação de programas em sectores fundamentais da sociedade como a saúde e a educação.

Ao fim de apenas onze anos de paz e vencido que está o processo de consolidação desse bem imprescindível para todos nós, importa agora cimentar a reconciliação nacional, sendo para isso necessário que aqueles que ainda optam pelo jogo partidário se perfilem para se assumirem como patriotas empenhados em participar na construção do nosso futuro comum.
Angola é hoje um país em paz, estável e próspero, cabendo agora a todos nós um empenhamento ainda maior para que possamos colher os frutos daquilo que estamos a plantar.

Para isso é fundamental o apoio que deve ser prestado à juventude para que ela possa, com o seu vigor, determinação e formação, desempenhar o papel que lhe está reservado para salvaguarda de todos nós.

Tem-se visto ultimamente alguns esforços internacionais no sentido de tentar influenciar de forma negativa a nossa juventude, de modo a baralhá-la e a desmotivá-la do papel que lhe está destinado.Porém, também nesse aspecto Angola tem dado exemplos de como, todos juntos, somos capazes de vencer e ultrapassar todas essas situações que nos querem impor, muitas das vezes pela força e outras através de campanhas com origens bem identificadas.

A resposta que a juventude angolana deu recentemente durante o período em que decorreu o Fórum Nacional ilustra bem o seu amadurecimento e deixa-nos tranquilos quanto ao futuro do país, sabendo-se que ele, para a sua construção, está entregue em muito boas mãos e que os seus destinatários sabem o que querem e para onde vão. Também a nível internacional e ao fim de 38 anos de independência, Angola está a consolidar um estatuto de parceiro incontornável na resolução dos graves conflitos que afectam África e o Mundo.

A reafirmação feita pelo Presidente José Eduardo dos Santos de que a realidade dos factos tem demonstrado que o uso da força ou a ameaça de assim proceder está a tornar-se numa perigosa cultura política que em nada tem contribuído para se acabar com a violência, revela de forma límpida a opção que Angola tomou em termos de posicionamento face às ameaças que, infelizmente, ainda subsistem e são alimentadas pelos inimigos da paz.

A condenação veemente dos recentes acontecimentos registados em Moçambique revela a coerência da opção de Angola pelo respeito pela ordem constitucional e a resolução pacífica dos conflitos e diferendos, em especial no nosso continente, onde ainda prevalecem algumas situações preocupantes.

Não pode pois causar qualquer tipo de estranheza que Angola continue empenhada em integrar as diferentes organizações continentais como forma de expressar e relevar a nova cultura do Estado Democrático de Direito e de legitimação do poder pela via eleitoral.

Se desenganem aqueles que ainda pensam ser possível debicar um pedaço que seja daquilo que é nosso. Angola, de há muito, deixou de ser um corpo inerte. É um país vivo, empenhado em resolver os seus próprios problemas e em posição de escolher o seu futuro de forma livre, independente e soberana.
Trinta e oito anos quase nada representam na vida de um país. Se desses 38 anos apenas 11 foram vividos em paz teremos então que sublinhar a importância de todo o trabalho que vem sendo desenvolvido por quem tem a responsabilidade de governar, de tomar decisões e de definir todo o nosso futuro.

Por isso, sobretudo, é importante que nesta data de festa colectiva todos nós, independentemente da nossa preferência política, façamos um exame de consciência de modo a percebermos onde erramos para que, doravante, possamos melhorar ainda mais o nosso desempenho.

Todos juntos não seremos demais para a consolidação do trabalho feito e para a vitória face ao muito que há por fazer.

É importante que nos orgulhemos do nosso passado de modo a que possamos encarar de frente o que por aí vem.

Neste 11 de Novembro de 2013 ergamos bem alto a nossa voz: Parabéns a todos nós.
   

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