11
novembro 2013, Macauhub http://www.macauhub.com.mo (China)
Ambiente e seguros deverão ser os
próximos “alvos” para o investimento chinês em Portugal, país que continua a
apelar aos investidores da China para se interessarem nos vários dossiers de
privatização em curso.
O grupo Beijing Enterprises Water
está, de acordo com a imprensa portuguesa, a analisar a privatização da Empresa
Geral de Fomento, participada da Águas de Portugal para o negócio dos resíduos
sólidos urbanos.
Segundo o Diário Económico, a
empresa chinesa pretende alargar o seu potencial de crescimento fora do mercado
chinês.
Para a empresa de águas da capital
chinesa, líder de sistemas de tratamento de água na China, este negócio
representará um reforço no mercado português, onde entrou em Março ao comprar
ao grupo francês Veolia Water o seu negócio de água em Portugal, Veolia Water
Portugal, por 95 milhões de euros.
Com a operação, o grupo Beijing
Enterprises Water passou a ser responsável pelo abastecimento de água em quatro
concelhos (Mafra, Ourém, Paredes e Valongo) e pelo saneamento de águas
residuais em três concelhos algarvios.
Após a aquisição, o director
executivo do grupo Beijing Enterprises Water, Li Haifeng, afirmou que pretendia
apostar em mercados maduros e estáveis e que estava a analisar a forma como a
empresa portuguesa poderia contribuir para melhorar a eficiência financeira,
aquisição de bens e serviços e outras áreas.
Na corrida à Empresa Geral de
Fomento (EGF) deverão vir a concorrer com o grupo brasileiro Odebrecht, de
acordo com o jornal Diário Económico.
O governo português pretende
divulgar o caderno de encargos até meados de Dezembro e concluir a operação no
primeiro trimestre de 2014, devendo o modelo de privatização passar por uma
venda em bloco, de modo a maximizar o encaixe.
As avaliações preliminares dos 11
sistemas multimunicipais da EGF apontam para valores entre 140 milhões e 170
milhões de euros, de acordo com a empresa de consultoria Roland Berger.
Depois dos grandes investimentos de
empresas estatais chinesas na energia (EDP e REN), os mais recentes
investimentos incluem a energia solar, além das águas e saneamento, com o grupo
Hanergy Solar a ter anunciado um acordo de princípio para a aquisição de
parques de energia solar em Portugal, com uma capacidade total de 2,2
megawatts.
Nas duas principais operações até
ao momento, a China Three Gorges pagou cerca de 2,7 mil milhões de dólares por
21,35% do capital da EDP, tornando-se o maior accionista da eléctrica
portuguesa e uma outra grande empresa estatal chinesa, e a China State Grid
Corp comprou 25% do capital da Redes Energéticas Nacionais (REN) por 287,15
milhões de euros.
Em curso está ainda a venda do
maior grupo segurador português, Caixa Seguros, controlado pelo banco estatal
Caixa Geral de Depósitos, que conta com o interesse dos chineses da Fosun.
O prazo inicial para a entrega de
propostas era 11 de Novembro, mas os chineses da Fosun pediram mais tempo para
fazerem a sua proposta final à compra da Caixa Seguros, segundo avançou o
Diário Económico.
Na corrida, a Fosun, que contratou
a Morgan Stanley para ajudar a trabalhar a proposta final, conta com a
concorrência dos norte-americanos da Apollo, segundo a imprensa portuguesa.
Recentemente, o sítio “Morning
Whistle” noticiou que a administração da China Mobile iniciou o processo de
análise ao ambiente macroeconómico e económico de cinco países a fim de neles
efectuar investimentos, entre os quais Portugal.
Numa nota de análise emitida após a
notícia, os analistas do BPI afirmaram que, a confirmar-se o investimento, “a
Portugal Telecom seria o candidato mais provável dada a sua presença
internacional tanto no Brasil como em África.
A China Mobile é o maior operador
mundial de telefonia móvel em número de clientes e a Portugal Telecom, que tem
uma valorização de mercado de 5 mil milhões de dólares, deve estar ao alcance
do grupo chinês. (macauhub)
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