sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Moçambique/Projectos âncora para os corredores



Jornal Notícias http://www.jornalnoticias.co.mz (Moçambique)

Três grupos empresarias chineses estão interessados em investir na agricultura no nosso país, onde poderão aplicar cerca de 2.3 a 2.6 biliões de dólares em projectos estruturantes que poderão fazer a diferença quer nos ganhos como também na integração das comunidades através da transferência de tecnologias.

Uma primeira abordagem foi feita com quatro grupos empresarias na recente visita do ministro da Agricultura à República Popular da China e no presente mês de Novembro uma equipa de técnicos moçambicanos desloca-se àquele país para o prosseguimento dos contactos.

A ideia prevalecente,
segundo informações que nos foram facultadas pelo director de Economia no Ministério da Agricultura, Raimundo Matule, é conseguir que pelo menos três estejam aptos a entrar pelo menos em 2015.

“Na visita que o ministro da Agricultura efectuou à China começámos negociações com quatro grupos. Agora estamos a enviar os projectos que gostaríamos de vender. Em meados de Novembro vamos sentar com cada um deles para ver como avançamos dando informação de base. Queremos ver se temos pelo menos um empreendimento daqueles em cada um dos corredores que vai espevitar a agricultura nos distritos circunvizinhos”, disse Matule.

Segundo a nossa fonte, Pemba e Niassa, no “Corredor de Nacala”, carecem de projectos desta envergadura, depois de o Governo ter lançado uma experiência de 250 milhões de dólares na baixa de Chicumbane com a Wambao.

Para além da componente produção entanto que tal estes projectos devem contemplar o agro-processamento e a transferência de tecnologias.

“Estamos a terminar os termos para a reabilitação da Barragem de Chipembe, em Montepuez, que deve estar disponível em um ano e meio, o que vai permitir que o corredor todo Cuamba/Montepuez/Oasse fique com um potencial enorme para um projecto desta dimensão”, disse.

Para projectos desta natureza o MINAG está a dizer que se for para a produção de comida 30 por cento do investimento seja direccionado para contratos com os locais. Se não forem produtos alimentares terá que haver uma reserva de dez por cento para produzir alimentos. A ideia é criar uma base para o crescimento e transferência de tecnologia para os agricultores. “Para darmos um salto mais rápido precisamos de projectos estruturantes, mas temos a maior parte da nossa população na agricultura e não podem ser excluídos para que possam crescer e estar orientados para o mercado, daí que estes tem que se fazer contratos com os produtores. Vamos expandir começando por legislar e vamos monitorar se os investidores prestam atenção. Há que deixar dinheiro, conhecimento, tecnologia com os produtores”, indicou.
         
Para além deste projecto, no corredor Namacurra, Mopeia/Luabo estão a ser implantados outros dois projectos âncora direccionados a produção de arroz e açúcar e biocombustíveis.

“Temos um investidor que está já na fase de legalização. Para Luabo esperamos que em um ano/ano e meio estarão a avançar naquela zona. Teremos o Corredor de Macuse para exportar carvão que vai integrar também estes projectos para escoar a produção agrária daquela zona”, indicou.

Para além do corredor ferroviário, segundo Matule, o sector de estradas está com projectos interessantes que são um incentivo importante para o investimento.

“Quando desenhámos o PEDSA, há três anos, não havia este desenvolvimento todo e estamos optimistas”, indicou.

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