A Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Alcinda Abreu, reconheceu a necessidade de Moçambique avançar com uma estratégia forte para fazer face aos desafios impostos pela criação da zona de comercio livre na região, agendada para o próximo ano (2008).
Alcinda Abreu, que falava sexta-feira na abertura do encontro de avaliação do estágio da integração regional no pais, disse tratar-se de um processo difícil que exige o empenho de todos, incluindo a sociedade civil.
Alcinda Abreu, que falava sexta-feira na abertura do encontro de avaliação do estágio da integração regional no pais, disse tratar-se de um processo difícil que exige o empenho de todos, incluindo a sociedade civil.
A região austral de Africa propõe-se a implementar uma Zona de Comercio Livre em 2008, a União Aduaneira em 2010, a Integração Económica em 2015, a União Monetária em 2016 e a Moeda Única em 2018.
Organizado pela Comissão Nacional da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (CONSADC), um órgão do Conselho de Ministros, o encontro, vai analisar o estágio e o impacto da integração regional no país, identificando os constrangimentos e buscar soluções para uma participação mais activa.
Os assuntos da SADC, segundo Alcinda Abreu, devem ser amplamente divulgados a nível interno e a nível internacional porque só assim é que se poderá conseguir a mobilização de recursos necessários para a implementação dos programas e projectos propostos.
Moçambique é signatário de 25 protocolos da SADC, faltando apenas assinar o protocolo respeitante aos tribunais. “Queremos que Moçambique jogue papel activo na definição dos destinos da região e do continente”, disse.
”Nesta reunião com os pontos focais de todas as províncias pretende-se ver ate que ponto é que estamos preparados para a integração na Zona de Comércio Livre em 2008 e garantir que o programa seja cumprido em tempo útil”, destacou.
Nicolau Silulo, do Ministério da Indústria e Comércio, introduzindo o tema `A Integração Económica Regional na SADC´, fez notar que o processo foi concebido tendo em conta as assimetrias regionais, por isso é um mecanismo que encoraja os investimentos transfronteiriços.
”Moçambique tem um grande potencial a disponibilizar a região nas áreas dos portos e caminhos-de-ferro, energia, turismo, entre outras. Contudo tem muito por fazer na melhoria da qualidade dos produtos para que possam competir no mercado regional”, disse.
O mercado único regional vai integrar cerca de 200 milhões de habitantes da região austral de africa. Para responder aos desafios da modernização das infra-estruturas, como portos e caminhos-de-ferro e outras, Silulo disse estar em processo de criação o Fundo de Desenvolvimento da SADC, a ser investido em infra-estruturas estratégicas dos países membros.
”Por causa da situação geográfica, Moçambique vai beneficiar desses fundos para responder com eficiência aos fluxos comerciais que lhe serão impostos pelo processo de integração”, afirmou.
Entretanto, países como o Zimbabwe, Zâmbia, Malawi, Madagáscar, Maurícias e Tanzânia terão que optar entre continuar no Mercado Comum da Africa Oriental e Austral (COMESA) ou integrar a área económica da África Austral. (Imensis / 10 Junho 2007)
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