Isabela Vieira / Repórter da Agência Brasil
Brasília, 19 Junho 2007 - Aliar projetos de crescimento econômico aos de desenvolvimento sustentável deverá ser o desafio do governo e da sociedade neste século, segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que participou hoje (19) do lançamento do 2° Encontro Nacional dos Povos da Floresta, marcado para setembro. "A equação do desenvolvimento só fecha se a viabilidade econômica dos nossos projetos for igual à viabilidade ambiental”, disse, e para aplicar essa estratégia, a ministra defendeu a união com os povos que vivem nas florestas: "Temos que juntar o que existe de melhor nos conhecimentos tradicionais com o melhor da modernidade”.
Brasília, 19 Junho 2007 - Aliar projetos de crescimento econômico aos de desenvolvimento sustentável deverá ser o desafio do governo e da sociedade neste século, segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que participou hoje (19) do lançamento do 2° Encontro Nacional dos Povos da Floresta, marcado para setembro. "A equação do desenvolvimento só fecha se a viabilidade econômica dos nossos projetos for igual à viabilidade ambiental”, disse, e para aplicar essa estratégia, a ministra defendeu a união com os povos que vivem nas florestas: "Temos que juntar o que existe de melhor nos conhecimentos tradicionais com o melhor da modernidade”.
Marina Silva admitiu que preservar o meio ambiente e crescer economicamente é um modelo contraditório, pois “o ministro que apóia os recursos naturais é o mesmo que precisa agilizar o crescimento – o mesmo banco que apóia as comunidades, apóia os projetos de desenvolvimento em infra-estrutura”. E afirmou que o modelo precisa ser enfrentado.
Representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), uma das entidades organizadoras do encontro, Jecinaldo Saterê-Mawê destacou a importância do diálogo com o governo, ao afirmar que as comunidades indígenas não aceitarão um modelo de desenvolvimento que “leve à miséria populações tradicionais”. Ele explicou: “Não aceitamos hidrelétricas que inundem nossos territórios nem o agronegócio que polua nossas águas. Ninguém quer ver filho tomando água poluída de mercúrio dos garimpos, o que está acontecendo na Amazônia”.
Vinte anos após a primeira edição do encontro, em Xapuri (AC) e presidido por Chico Mendes, a iniciativa, segundo a ministra, demonstra que as comunidades que vivem nas florestas fortaleceram-se e ampliaram a busca de ajuda “para algo que era secundário, marginalizado socialmente, economicamente e politicamente – o meio ambiente”.
Também organizadora do encontro, a Aliança dos Povos da Floresta lembrou que o país possui 4,7 milhões de quilômetros quadrados de florestas, o equivalente a 55% do seu território, abrangendo Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pampas, Mata Atlântica e Pantanal.
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