Cabo Verde e Brasil são os países lusófonos que registaram a taxa de mortalidade infantil mais baixa, segundo o relatório anual do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), hoje divulgado.
De acordo com relatório "Situação da População Mundial 2007", o Brasil é o país lusófono com a taxa mais baixa, tendo registado 24 mortes em cada mil crianças nascidas. Cabo Verde segue de muito perto o Brasil com 25 mortes em cada 1000 crianças nascidas e é o único país dos PALOP - Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa - que fica abaixo da média africana (89 mortes).
De acordo com relatório "Situação da População Mundial 2007", o Brasil é o país lusófono com a taxa mais baixa, tendo registado 24 mortes em cada mil crianças nascidas. Cabo Verde segue de muito perto o Brasil com 25 mortes em cada 1000 crianças nascidas e é o único país dos PALOP - Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa - que fica abaixo da média africana (89 mortes).
Por seu lado, Angola é o país lusófono e de toda a África Austral que apresenta a taxa mais elevada, com 131 crianças mortas em cada mil.
Guiné-Bissau surge depois com 112 mortes infantis, seguido de Moçambique (92) e Timor-Leste (82).
Estes números ficam muito aquém da média europeia, que se situa nas nove mortes em cada mil crianças.
Cabo Verde é também o país que regista a maior esperança média de vida, que se traduz em 68,1 anos para os homens e 74,3 anos para as mulheres.
No Brasil, os homens têm uma esperança média de vida de 68 anos e as mulheres de 75,6.
Timor-Leste surge em terceiro lugar da tabela com 56,4 anos para os homens e 58,6 para as mulheres, seguido da Guiné-Bissau (44,1 e 46,7), Moçambique (41,5 e 41,9) e Angola (40,3 e 43,2).
No que respeita à taxa de prevalência do HIV, Moçambique destaca-se de todos os outros com 13 por cento dos homens e 19,2 por cento das mulheres infectados.
Guiné-Bissau é o segundo país lusófono mais afectado, com 3,1 por cento dos homens e 4,5 por cento das mulheres com HIV, seguido de Angola (três e 4,4 por cento respectivamente).
Contudo, recorde-se que organizações internacionais, como a ONU/SIDA, realçam sempre que Angola saiu há pouco tempo de uma guerra civil, pelo que as estatísticas estão longe da realidade.
O Brasil é o país lusófono com menor grau de incidência do HIV, com 0,7 por cento dos homens e 0,4 por cento das mulheres infectados.
O relatório da FNUAP não apresenta dados sobre a taxa de prevalência do HIV em Timor-Leste e Cabo Verde.
Nos gastos públicos destes países com a saúde, o relatório revela que Timor-Leste foi o que mais investiu, dotando 7,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
O Brasil gastou 3,4 por cento do PIB na saúde, seguido de Moçambique (2,9 por cento), da Guiné-Bissau (2,6 por cento) e de Angola (2,4 por cento).
O relatório não revela quais os gastos públicos com a saúde em Cabo Verde.
Num documento dedicado ao crescimento urbano, a FNUAP revela que Brasil (85 por cento), Cabo-Verde (58,8 por cento) e Angola (55 por cento) são os únicos países lusófonos com mais de metade da população a viver em meios urbanos.
Em Moçambique, 36 por cento da população é urbana, na Guiné-Bissau é 30 por cento e em Timor-Leste 27 por cento.
Quanto ao crescimento da população, a FNUAP estima que o Brasil passe dos 191,3 milhões de pessoas em 2007 para 253,1 milhões em 2050.
Angola, que conta actualmente com 16,9 milhões de pessoas, irá ter 43,5 milhões em 2050, enquanto Moçambique passará dos actuais 20,5 milhões de habitantes para os 37,6 milhões.
A Guiné-Bissau vai passar dos 1,7 milhões para 5,3 milhões, Timor-Leste dos 1,1 milhões para os 3,3 milhões e Cabo-Verde dos 530 mil para um milhão.
A situação em São Tomé e Príncipe não foi analisada. (Noticias Lusófonas / 27 Junho 2007)
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