O chefe da missão integrada das Nações Unidas em Timor-Leste, Atul Khare, "tem conhecimento do relatório" estratégico sobre o futuro das forças armadas timorenses, declarou a porta-voz Allison Cooper.
"Foi estabelecido um grupo de trabalho entre a UNMIT e o governo de Timor-Leste", no quadro da Resolução 1704 do Conselho de Segurança da ONU, "e no âmbito desse grupo será considerado o relatório Força 20/20", acrescentou Allison Cooper.
"Foi estabelecido um grupo de trabalho entre a UNMIT e o governo de Timor-Leste", no quadro da Resolução 1704 do Conselho de Segurança da ONU, "e no âmbito desse grupo será considerado o relatório Força 20/20", acrescentou Allison Cooper.
O documento Força 20/20, a que a Lusa teve acesso, é o caderno de orientações estratégicas para a evolução das forças armadas timorenses.
Atul Khare acrescentou, através da porta-voz da missão, que a UNMIT está mandatada para prestar assistência a Timor-Leste na "revisão detalhada do futuro papel e das necessidades do sector de segurança (incluindo das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste, Ministério da Defesa, Polícia Nacional e Ministro do Interior com o objectivo de apoiar o Governo), através de assessores".
O relatório, elaborado ao longo de quase dois anos, foi terminado em Julho de 2006 mas apenas foi divulgado num círculo restrito de titulares políticos e diplomatas.
O governo australiano reagiu com desagrado ao conteúdo do relatório, que o chefe da diplomacia de Camberra, Alexander Downer, considerou "completamente irrealista". O caderno estratégico para o futuro das forças armadas timorenses, mais conhecido como relatório "20/20", a que a Agência Lusa teve hoje acesso, sublinha a herança da guerrilha e das Falintil, equaciona a defesa da fronteira com a Indonésia, mas perspectiva o mar, sobretudo o Mar de Timor (a sul da ilha), como horizonte mais importante dos desafios à segurança e integridade de Timor-Leste.
Uma força de 3.000 homens com uma componente naval, privilegiando destacamentos de fuzileiros e embarcações com mísseis terra-terra e terra-ar para actuar no Mar de Timor, são o horizonte estratégico das Forças de Defesa de Timor-Leste. (Noticias Lusófonas / 14 Junho 2007)
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