24 agosto 2014,
Pátria Latina http://www.patrialatina.com.br (Brasil)
Wayne Madsen
O GRANDE ESPECULADOR ABUTRE INTERNACIONAL ARTICULA-SE PARA
INFLUENCIAR OS RUMOS DA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL BRASILEIRA EM FAVOR, CLARO, DOS
SEUS INTERESSES ESPECULATIVOS, NEOLIBERAIS, ANTI-NACIONALISTAS, CONSERVADORES.
Achar que os grandes financistas e especuladores internacionais,
como George Soros, estejam distantes, desinteressados e alienados em relação à
sucessão presidencial no Brasil é uma ingenuidade total. O Brasil é
poderosíssimo, riquíssimo, desperta interesses descomunais no grande capital
internacional e tem se transformado em alvo de espionagem por parte dos países
ricos, especialmente, dos Estados Unidos. Soros é um dos ponta de lança desse
grande interesse global, sempre de olho no Brasil, na Argentina, na Bolívia,
onde seus negócios evoluem, fortemente. Também, suas ligações com personagens
decisivos, na cena política e econômica brasileira, são bastante conhecidas.
Marina Silva, candidata do PSB-Rede, participa de movimentações nas quais as
ações de organizações comandadas por Soros são decisivas, como a “Open
society”. Soros, como se sabe, cuida, além de sempre estar envolvido em desestabilização
de moedas nacionais em escala mundial, de articular a chamada “sociedade civil”
em todos os países onde seus interesses se espraiam para montar “oposição
controlada”, a fim de combater ondas nacionalistas-desenvolvimentistas,
de modo a dar novo rumo ao desenvolvimento econômico de caráter neoliberal.
Igualmente, são conhecidas as relações de Soros com Armínio Fraga, o homem
forte de Aécio Neves, do PSDB. Como fundador do fundo de investimento global
“Quantum”, Soros teve Armínio ao seu lado, como fiel escudeiro, no processo de
desestabilização de moedas nos países asiáticos e até na derrocada da libra
inglesa, que jogou o Banco da Inglaterra no chão. Armínio deixou Soros para
trabalhar como diretor do Banco Central, no Governo Collor. Aí preparou todas
as providências para eliminar controles internos de capital, de modo a deixar
livre a passagem aos especuladores, que invadiriam o Brasil nos anos de 1990,
com seus capitais de motel. No Governo FHC, o que entregou a rapadura aos
comandantes do Consenso de Washington, Armínio chegou ao Banco Central, para
operar a ordem dos banqueiros internacionais: fixar o tripé econômico baseado
em câmbio flutuante, metas inflacionárias e superavit primário elevado. Ou
seja, Armínio-Soros articulam, agora, por trás de Aécio Neves, o mesmo jogo de
antes, destruir as bases nacionalistas da economia montadas por Lula e Dilma, a
fim de terem acesso mais rápido às riquezas nacionais, especulando adoidado.
Num país sério, Armínio estaria nas barras dos tribunais, em vez de estar,
novamente, com Soros, articulando novo assalto às riquezas do povo brasileiro.
A chegada de Marina ao topo da disputa presidencial e a subserviência de Aécio
a um megaespeculador colocam George Soros como uma sombra malígna sobre a
sucessão presidencial brasileira. Todos sabem muito bem o que ele e os Estados
Unidos desejam: desarticular os BRICs, que acabam de fundar, no Brasil, um
banco de desenvolvimento, lançando as bases de um novo sistema monetário
internacional, capaz de rivalizar com a supremacia do dólar, cujo destino, no
ambiente da crise capitalista global, essencialmente, especulativa, é cada vez
mais incerto. (César Fonseca)
As eleições presidenciais no Brasil marcadas para outubro estavam
sendo dadas como resolvidas, com a reeleição da atual presidenta Dilma
Rousseff.
Isso, até a morte, num acidente de avião, de um candidato
absolutamente sem brilho ou força eleitoral próprios, economista e
ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Em 13.08, a notícia bomba: o avião que levava Campos –
candidato de centro, pró-business, que ocupava o 3º lugar nas pesquisas,
atrás até do candidato do partido mais conservador (PSDB), Aécio Neves,
também economista e defensor da ‘austeridade’ – espatifara-se numa área
residencial de Santos, no estado de São Paulo, Brasil.
Campos era candidato do Partido Socialista Brasileiro,
antigamente da esquerda, mashoje já completamente convertido em partido
pró-business.
Como aconteceu nos partidos trabalhistas da Grã-Bretanha, da
Austrália e Nova Zelândia, nos liberais e novos partidos democráticos
canadenses, e no partido Democrata dos EUA, interesses corporativos e
sionistas infiltraram-se também no Partido Socialista Brasileiro e o
converteram num partido da ‘Terceira Via’, pró-business e só muito fraudulentamente
ainda denominado partido “socialista”.
Já é bem visível que os EUA tentam desestabilizar o Brasil,
desde que a Agência de Segurança Nacional dos EUA espionou correspondência
eletrônica econversações telefônicas da presidenta Dilma Rousseff, do Partido
dos Trabalhadores (PT), e de vários de seus ministros.
Tal fato levou ao cancelamento de uma visita de estado que
Rousseff faria a Washington.
As relações Brasil-EUA pioraram, ainda mais, com o governo
brasileiro hospedando o presidente russoVladimir Putin e outros líderes do
bloco econômico dos BRICS em recente encontro de cúpula em Fortaleza.
O Departamento de Estado dos EUA e a CIA só fazem procurar pontos
frágeis no tecido social do Brasil de Rousseff, para criar aqui as mesmas
condições de instabilidade que fomentaram em outros países na América
Latina(Venezuela, Equador, Argentina – na Argentina mediante bloqueio de
créditos para o país, em operação arquitetada por Paul Singer,
capitalista-abutre sionista, e na Bolívia).
Mas Rousseff, que antagonizou Washington ao anunciar, com outros
líderes do BRICS em Fortaleza, o estabelecimento de um banco de
desenvolvimento dos países BRICS, para concorrer contra o Banco Mundial
(controlado por EUA e União Europeia) parecia imbatível, caminhando para
reeleição.
A atual presidenta era, sem dúvida, candidata ainda imbatível
quando, dia 13 de agosto, Campos e quatro de seus conselheiros de
campanha, além do piloto e copiloto, embarcaram no avião Cessna 560XL, que
cairia em Santos, matando todos a bordo.
A queda do avião empurrou para a cabeça da chapa do PS a candidata
que concorria como vice-presidente, Marina Silva.
Em 2010, Silva recebeu inesperados 20% dos votos à
presidência, como candidata de seu Partido Verde.
Esse ano, em vez de concorrer sob a legenda de seu partido,
Marina optou por agregar-se à chapa pró-business, mas ainda dita
‘socialista’ de Campos.
Hoje, Marina já está sendo apresentada – talvez com certo
exagero muito precipitado! – como melhor aposta para derrotar Rousseff nas
eleições presidenciais de outubro próximo.
Marina, que é pregadora cristã evangélica em país
predominantemente cristão católico romano, também é conhecida por ser
muito próxima da infraestrutura da “sociedade civil” global e dos grupos
de “oposição controlada” financiados por George Soros, capitalista e
operador de hedge fund globais.
Conhecida por sua participação nos esforços para proteção
da floresta amazônica brasileira, Marina tem sido muito elogiada por
grupos do ambientalismo patrocinado pelo Instituto Open Society [Sociedade
Aberta], de George Soros.
A campanha de Marina, como já se vê, está repleta de palavras-senha
da propaganda das organizações de Soros: “sociedade sustentável”,
“sociedade do conhecimento” e “diversidade”.
Marina exibiu-se ao lado da equipe do Brasil na cerimônia de
abertura dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012.
O ministro dos Esportes do Brasil, Aldo Rebelo, disse que a
exibição de Marina naquela cerimônia havia sido aprovada pela Família Real
Britânica, e que ela “sempre teve boas relações com a aristocracia
europeia”. Marina também apoia com muito mais empenho que Rousseff as políticas
de Israel para a Palestina.
Como se vê também nas Assembleias de Deus de cristãos
pentecostais, Marina participa de uma facção religiosa que acolhe, não
raro nas posições de comando organizacional, membros do movimento mundial
dos “Cristãos Sionistas”, tão avidamente pró-Israel quanto organizações de
judeus sionistas como B’nai B’rith e o World Jewish Congress.
As Assembleias de Deus creem no seguinte, sobre Israel:
“Segundo a Escritura, Israel tem importante papel a cumprir no
fim dos tempos. Por séculos, estudiosos da Bíblia ponderaram sobre a
profecia de uma Israel restaurada.‘Eis o que diz o Senhor Soberano: Tirarei os
israelitas das nações para as quais foram. Reuni-los-ei de todas as partes
e os porei juntos na sua própria terra.’
Quando o moderno estado de Israel foi criado em 1948, e os
judeus começaram a ir para lá, de todos os cantos do mundo, os estudiosos
da Bíblia viram ali a mão de Deus em ação; e que nós viveremos lá os
últimos dias.” Em 1996, Marina recebeu o Prêmio Ambiental Goldman,
criado pelo fundador da Empresa Seguradora Goldman, Richard Goldman e sua
esposa, Rhoda Goldman, uma das herdeiras da fortuna da empresa de roupas
Levi-Strauss. Em 2010, Marina foi listada, pela revista
Foreign Policy, editada por David Rothkopf, do escritório de advogados
Kissinger Associates, na lista de “principais pensadores globais”. O mais
provável é que jamais se conheçam todos os detalhes do acidente que matou
Campos.
Participam hoje das investigações sobre o acidente a National
Transportation Safety Board (NTSB) e a Federal Aviation Administration, do
governo dos EUA.
Membros dessas duas organizações com certeza serão informados
do andamento das investigações e passarão tudo que receberem para agentes
da CIA estacionados em Brasília, os quais tudo farão para ter o título
“Trágico Acidente” estampado no relatório final. A CIA sempre conseguiu
encobrir sua participação em outros acidentes de avião na América Latina que
eliminaram opositores do imperialismo norte-americano naquela parte do
mundo.
Dia 31/7/1981, o presidente Omar Torrijos do Panamá morreu quando o
avião da força aérea panamenha no qual viajava caiu perto de Penonomé,
Panamá.
Sabe-se que, depois que George H. W. Bush invadiu o Panamá, em
1989, os documentos da investigação sobre o acidente, que estavam em posse
do governo do general Manuel Noriega foram confiscados por militares
norte-americanos e desapareceram.
Dois meses antes da morte de Torrijos, o presidente Jaime Roldós
do Equador, líder populista que se opunha aos EUA, havia também morrido
num acidente de avião: seu avião Super King Air (SKA), operado como
principal aeronave de transporte oficial pela Força Aérea do Equador, caiu
na Montanha Huairapungo na província de Loja.
No avião, também viajavam a Primeira-Dama do Equador, e o ministro
da Defesa e esposa.
Todos morreram na queda do avião.
O avião não tinha Gravador de Dados do Voo, equipamento também
chamado de “caixa preta”.
A polícia de Zurique, Suíça, que conduziu investigação
independente, descobriu que a investigação feita pelo governo do Equador
encobria falhas graves.
Por exemplo, o relatório do governo do Equador sobre a queda
do SKA, não mencionava que os motores do avião estavam desligados quando a
aeronave colidiu contra a parede da montanha.
Como o avião de Roldós, o Cessna de Campos também não tinha
gravador de dados de voo.
Além disso, a Força Aérea Brasileira anunciou que duas horas de
conversas gravadas pelo gravador de voz da cabine de voo do Cessna em que
viajava Campos não incluem qualquer conversa entre o piloto, copiloto e torre
de controle naquele dia 13 de agosto.
O gravador de voz da cabine a bordo do fatídico Cessna 560XL foi
fabricado por L-3 Communications, Inc. de New York City.
Essa empresa L-3 é uma das principais fornecedoras de equipamento
de inteligência e espionagem para a Agência de Segurança Nacional dos EUA,
a mesma empresa que fornece grande parte das capacidades de escuta de seu
cabo submarino, mediante contrato entre a ASN e a Global Crossing,
subsidiária da L-3.
DILMA
virou alvo preferencial de ataque dos neoliberais depois que chamou às falas
Obama pelo episódio da espionagem e aliou-se aos BRICs para criar banco de
desenvolvimento global, contrário aos interesses dos EUA e dos especuladores
globais como Soros.
MARINA,
apoiada pelas organizações internacionais, ligadas aos interesses de George
Soros, pode ser cavalo de Troia para bombardear os BRICs, se chegar ao poder,
servindo-se aos propósitos neoliberais, como a defesa do Banco Central
independente do governo para ficar dependente dos especuladores.
CAMPOS Foi
ou não vítima de um acidente aéreo em cujo avião a caixa preta não registra
nada para espanto geral?
AÉCIO Tem
por trás de sua campanha personagem discípulo de George Soros, interessado em
abocanhar as reservas do pré-sal, a Petrobrás e o Banco Central, tornando-o
dependente de Soros e não do governo brasileiro.
ARMÍNIO,
megaespeculador internacional, em país sério estaria frequentando tribunais
para responder por crime de lesa pátria. Detonou geral as regras de contenção
de entrada de capitais especulativos na economia, fazendo a festa geral dos
seus pares.
GRIESA Os
abutres especuladores que atacam a Argentina tem como guarida os Griesa da
vida, advogados do capital do império, como ocorre na Argentina nesse instante.
Soros sabe a quem recorrer, se for atacado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário