30 setembro
2010, Os Amigos do Presidente Lula http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br (Brasil)
Fonte
original: Democracia & Política http://democraciapolitica.blogspot.com (Brasil) http://democraciapolitica.blogspot.com
O artigo “As duas caras da Marina Silva”, de Mauro Santayna, foi publicado no Jornal do Brasil em 2010,
quando ela e Dilma Rousseff eram candidatas presidenciais. A sua reprodução na
mídia brasileira permite verificar o alinhamento direto de Marina Silva com os
interesses dos Estados Unidos, tanto dentro do Brasil como em relação à sua
política externa. Em apenas quatro anos, a ex-lider ecologista afastou-se
definitivamente das causas populares para juntar-se a políticos e empresários entreguistas.
Esta traição mereceu, no dia 3 deste mês, um entusiástico manifesto de apoio do
Clube Militar, o reduto daquela escória fardada que, amestrada nos quartéis pela
CIA, ainda sonha em reeditar o golpe de 1964. O
texto dos fascistas refere-se a Marina Silva como "um fio de
esperança" e "figura
messiânica". Este episódio marca uma nova fase na sua carreira
política: porta-bandeira de agentes da repressão, torturadores e assassinos.
(Mercosul & CPLP)
O súbito interesse, de alguns meios de comunicação e de setores
empresariais poderosos, pela candidatura da senadora Marina Silva, recomenda aos
nacionalistas brasileiros alguma prudência. A militante ecológica é apresentada
ao país como a menina pobre, da floresta profunda, que só se alfabetizou aos 16
anos e fez brilhante carreira política. Tudo isso é verdade, mas é preciso
saber o que pensa realmente a senadora do Brasil como um todo.
Convém
lembrar que a senhora Silva (que hoje se vale do sobrenome comum para atacar
Dilma Rousseff) esteve associada a entidades internacionais, e recebeu o apoio
declarado de personalidades norte-americanas, como Al Gore e o cineasta James
Cameron.
James Cameron, autor de um filme de forte simbolismo racista e
colonialista, Avatar, intrometeu-se em assuntos nacionais e participou de
encontro contra a construção da represa de Belo Monte. A respeitável trajetória
humana da senadora pelo Acre não é bastante para faz er dela presidente da
República. Seu comportamento político, ao longo dos últimos anos, suscita
natural e fundada desconfiança dos brasileiros.
Seus admiradores estrangeiros pregam abertamente a intervenção na
Amazônia, “para salvar o mundo”. Não são os ocupantes do vasto território que
ameaçam o mundo. São as grandes potências, com os Estados Unidos de Gore em
primeiro lugar, que, ao sustentar grandes e bem equipados exércitos, pretendem
governar todos os povos da Terra.
Al Gore, que festejou a candidatura verde, é o mesmo que pron
unciou, com todas as sílabas, uma frase reproduzida pela imprensa: “Ao
contrário do que os brasileir os pensam, a Amazônia não é só deles, mas de
todos nós”. Desaforo maior é difícil. Ninguém, de bom senso, quer destruir a
Natureza, e será necessário preservar a vida em todo o planeta, não só na
Amazônia.
A senadora Marina Silva tem sido interlocutora ativa das ONGs
internacionais, tão zelosas em defender os índios da Amazônia e desdenhosamente
desinteressadas em ajudar os nativos da região de Dourados, em Mato Grosso do
Sul, dizimados pela doença, corrompidos pelo álcool e, não raras vezes,
assassinados por sicários. Argumente-se, em favor da senadora, que o seu fervor
quase apostólico na defesa dos povos da Floresta dificulta-lhe a visão política
geral. (Mercosul e CPLP: Marina Silva abandonou tambem esta bandeira. Agora
é financiada pelo agronegócio.)
Mas seu apego a uma só bandeira, a da ecologia radical, e o
fundamentalismo religioso protestante que professa, reduz em as perspectivas de
sua candidatura. Com todos os seus méritos e virtudes, não é provável que
entenda o Brasil em toda a sua complexidade, em toda a sua inquietude
intelectual, em toda a sua maravilhosa diversidade regional. As conveniências
da campanha eleitoral já a desviaram de alguns de seus compromissos juvenis.
Esse seu pragmatismo está merecendo a atenção do ex-presidente
Fernando Henrique, que pretende um segundo turno com a aliança entre Serra e
Marina. Como sempre ocorre com os palpites políticos do ex-presidente, essa
declaração é prejudicial a Serra e, provavelmente, também a Marina. Ela, vista
por muitos como inocente útil daqueles que nos querem roubar a Amazônia, é
vista pelo ex-presidente como inocente útil da candidatura dos tucanos de São
Paulo .
É possível desculpar a ingenuidade na vida comum, mas jamais
aceitá-la quando se trata das razões de Estado. José Serra poderia ter tido
outro desempenho eleitoral, se tivesse desouvido alguns de seus aliados, como
Fernando Henrique, que lhe debitou a política de privatizações, e Cesar Maia,
que lhe impôs o inconveniente e troglodita Indio da Costa como vice. O apego de
Marina a uma só bandeira e o fundamentalismo religioso não a ajudam. (Jornal do
Brasil)
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