O presidente da República, Armando
Guebuza, disse ontem em Maputo que as Forças Armadas de Defesa de Moçambique
(FADM) são herdeiras dos ideais da geração de 25 de Setembro, que ousou pegar
em armas para lutar contra a dominação colonial portuguesa.
Falando no Estádio Nacional do
Zimpeto por ocasião da celebração do jubileu de ouro da criação das ex-Forças
Populares de Libertação de Moçambique (FPLM), o Chefe do Estado destacou a
coragem, a valentia e a determinação de homens e mulheres que a 25 de Setembro
de 1964 decidiram que, face às injustiças, aos massacres e à opressão colonial,
a única alternativa era pegar em armas até à vitória final.
Segundo o Presidente da República,
esses homens e mulheres foram determinantes para a mudança do rumo da história
de Moçambique, ao terem decidido
juntar-se para contrariar o roteiro da
opressão colonial. Disse que a administração colonial subestimou a decisão e o
clamor dos moçambicanos de se tornarem livres.
Armando Guebuza sublinhou que o 25
de Setembro de 1964 constituiu-se numa resposta estruturada e firme da recusa
das autoridades coloniais ao direito inalienável à liberdade e à independência
de Moçambique. Com efeito, segundo o Chefe do Estado, a 25 de Setembro de 1964
foi viabilizado o sonho do 25 de Junho de 1962, data em que foi fundada a Frente
de Libertação de Moçambique, sob a direcção de Eduardo Chivambo Mondlane,
arquitecto da unidade nacional.
Disse que não foi apenas a violência
imposta pelas autoridades coloniais portuguesas que fez o 25 de Setembro de
1964 empolgante nem a valentia de homens e mulheres e os sacrifícios por eles
consentidos, mas sim o facto de a insurreição geral armada ter constituído o
momento em que os moçambicanos comungaram o mesmo destino.
A 25 de Setembro de 1964, afirmou,
cerca de 250 guerrilheiros iniciaram a luta armada de libertação nacional,
tomados pela consciência de que a sua causa era a da liberdade, a causa dos
moçambicanos. Muito cedo esses guerrilheiros multiplicaram-se e em diferentes
frentes foram desferindo duros golpes às tropas coloniais, fazendo sangrar a
sua máquina de guerra.
As sucessivas vitórias conquistadas
no teatro das operações pelas Forças Populares de Libertação de Moçambique
levaram ao enfraquecimento do sistema colonial, culminando com a assinatura dos
Acordos de Lusaka a 7 de Setembro de 1974.
O Presidente da República destacou
também a solidariedade demonstrada pelas gloriosas Forças Populares de
Libertação de Moçambique aos movimentos progressistas da região que também
lutavam pela liberdade e independência dos seus países.
Depois da independência e diante da
agressão dos regimes de Ian Smith, da Rodésia do Sul, e do “Apartheid”, da
África do Sul, as Forças Armadas assumiram um papel preponderante e decisivo na
defesa da soberania e da integridade territorial.
Hoje, segundo o Chefe do Estado, as
Forças Armadas de Defesa de Moçambique estão umbilicalmente ligados ao povo
moçambicano nos seus grandes desafios.
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