sábado, 27 de setembro de 2014

Moçambique/FADM herdeiras dos ideais da geração de 25 de Setembro -- afirma presidente Guebuza

26 de Setembro de 2014, Jornal Notícias http://www.jornalnoticias.co.mz (Moçambique)

O presidente da República, Armando Guebuza, disse ontem em Maputo que as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) são herdeiras dos ideais da geração de 25 de Setembro, que ousou pegar em armas para lutar contra a dominação colonial portuguesa.

Falando no Estádio Nacional do Zimpeto por ocasião da celebração do jubileu de ouro da criação das ex-Forças Populares de Libertação de Moçambique (FPLM), o Chefe do Estado destacou a coragem, a valentia e a determinação de homens e mulheres que a 25 de Setembro de 1964 decidiram que, face às injustiças, aos massacres e à opressão colonial, a única alternativa era pegar em armas até à vitória final.

Segundo o Presidente da República, esses homens e mulheres foram determinantes para a mudança do rumo da história de Moçambique, ao terem decidido
juntar-se para contrariar o roteiro da opressão colonial. Disse que a administração colonial subestimou a decisão e o clamor dos moçambicanos de se tornarem livres.

Armando Guebuza sublinhou que o 25 de Setembro de 1964 constituiu-se numa resposta estruturada e firme da recusa das autoridades coloniais ao direito inalienável à liberdade e à independência de Moçambique. Com efeito, segundo o Chefe do Estado, a 25 de Setembro de 1964 foi viabilizado o sonho do 25 de Junho de 1962, data em que foi fundada a Frente de Libertação de Moçambique, sob a direcção de Eduardo Chivambo Mondlane, arquitecto da unidade nacional.

Disse que não foi apenas a violência imposta pelas autoridades coloniais portuguesas que fez o 25 de Setembro de 1964 empolgante nem a valentia de homens e mulheres e os sacrifícios por eles consentidos, mas sim o facto de a insurreição geral armada ter constituído o momento em que os moçambicanos comungaram o mesmo destino.

A 25 de Setembro de 1964, afirmou, cerca de 250 guerrilheiros iniciaram a luta armada de libertação nacional, tomados pela consciência de que a sua causa era a da liberdade, a causa dos moçambicanos. Muito cedo esses guerrilheiros multiplicaram-se e em diferentes frentes foram desferindo duros golpes às tropas coloniais, fazendo sangrar a sua máquina de guerra.

As sucessivas vitórias conquistadas no teatro das operações pelas Forças Populares de Libertação de Moçambique levaram ao enfraquecimento do sistema colonial, culminando com a assinatura dos Acordos de Lusaka a 7 de Setembro de 1974.

O Presidente da República destacou também a solidariedade demonstrada pelas gloriosas Forças Populares de Libertação de Moçambique aos movimentos progressistas da região que também lutavam pela liberdade e independência dos seus países.

Depois da independência e diante da agressão dos regimes de Ian Smith, da Rodésia do Sul, e do “Apartheid”, da África do Sul, as Forças Armadas assumiram um papel preponderante e decisivo na defesa da soberania e da integridade territorial.

Hoje, segundo o Chefe do Estado, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique estão umbilicalmente ligados ao povo moçambicano nos seus grandes desafios.


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