5 setembro 2014, ADITAL, Agência de Informação Frei Tito para América Latina
http://site.adital.com.br (Brasil)
Até este domingo, 07 de setembro, estará
nas ruas a campanha do Plebiscito Popular para as pessoas respondam a pergunta:
"Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana para a Reforma do
Sistema Político?” A ideia é que o plebiscito pressione o Congresso Nacional
pela convocação de um plebiscito oficial para discutir questões como o
financiamento privado de campanhas, a representatividade no Parlamento e os
mecanismos de democracia direta.
O Plebiscito Popular por uma Constituinte
Exclusiva e Soberana do Sistema Político já conta com mais de 30 mil urnas
distribuídas por todos os estados brasileiros (clique aqui para acessar os locais de votação). Nessa mobilização, mais de 100 mil pessoas
trabalham voluntariamente pela coleta de votos, que acontece também pela Internet. Desde o primeiro dia de votação, que se
iniciou na última segunda-feira, 1º, o site do plebiscito já teve mais de 3
milhões de acessos. A campanha está
sendo organizada por cerca de 450 organizações dos movimentos sociais e sindicais.
sendo organizada por cerca de 450 organizações dos movimentos sociais e sindicais.
A expectativa é de que candidatos às
eleições deste ano também aproveitem o período eleitoral para marcar sua
posição em favor da mudança nas regras do sistema político. Nesta quarta-feira,
03, o ex-presidente Lula votou pelo sim em campanha na Bahia. Nos próximos
dias, a presidenta e candidata Dilma Rousseff (Partido dos Trabalhadores - PT),
além de Eduardo Jorge (Partido Verde - PV) devem registrar o "sim” em favor
do plebiscito. A candidata Luciana Genro (Partido Socialismo e Liberdade -
PSOL) também já registrou sua manifestação favorável à consulta popular.
Durante entrevista coletiva, que marcou o
encerramento da reunião do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep), no último
dia 29 de agosto, a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) divulgou mensagem sobre a Reforma Política. Os bispos reconhecem que
"uma verdadeira reforma política melhorará a realidade política e
possibilitará a realização de várias outras reformas necessárias ao Brasil,
como por exemplo, a reforma tributária”.
A CNBB recorda que "várias tentativas
de reforma política foram feitas no Congresso Nacional e todas foram
infrutíferas”. Diante disso, une-se a outras entidades e ao povo brasileiro na
mobilização Reforma Política Democrática no país.
Entenda a importância da campanha
1.
No atual sistema político, as empresas financiam mais de 90% dos
recursos das campanhas eleitorais, os eleitos são controlados pelos interesses delas
e não dos cidadãos que votaram.
2.
Como resultado disso, embora sejam apenas 3% da população, os
empregadores têm 49% dos representantes na Câmara dos Deputados. Enquanto que
os empregados, embora sejam 61% da população, têm apenas 19% dos representantes.
Os brancos, sendo 48% da população, têm 92% dos representantes. Os pretos e
pardos, sendo 51% da população, têm apenas 8% dos representantes. Os jovens
(até 34 anos) são 58% da população, mas apenas 7% no Câmara de Deputados. Os
não jovens, de mais do que 34 anos, são 42% da sociedade, mas têm 93% dos
deputados. As mulheres são 51% da população, mas têm apenas 8% da representação
na Câmara, enquanto os homens, sendo 49% da população, têm 92%.
3.
A média de gasto de campanha dos candidatos a deputado federal
eleitos é de 1 milhão de reais. Em alguns estados, como São Paulo, o gasto
chega a 4 milhões.
4.
Esses gastos vêm das empresas, que contam, como retorno, o
comportamento dos parlamentares no Congresso em defesa dos seus interesses. Só
a Friboi tem 41 deputados e sete senadores financiados na ultima eleição. Em
2012, as construtoras Andrade Gutierrez. Queiroz Galvão e OAS lideraram o
ranking de doações privadas nas eleições municipais somando 18% do total doados
por empresas.
5.
Na eleição atual, entre os 25.329 candidatos, ha 3.658 candidatos
jovens, 7.656 mulheres, 2.335 negros, 2.349 empresários, 189 latifundiários e
apenas 24 trabalhadores rurais.
6.
Estão travados no Congresso Nacional projetos importantes para o
povo, como o da redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução dos
salários. O da expropriação de terras, para efeito de reforma agrária, onde for
flagrado trabalho escravo. O de salário igual para trabalho igual entre homens
e mulheres.
7.
O Plebiscito consulta a vontade do povo sobre a convocação de uma
Assembleia Constituinte exclusiva e soberana para mudar o sistema político,
terminando com o financiamento privado e instituindo o financiamento público.
Alem de promover o voto por lista, que fortalece os partidos, a cota de
candidatos mulheres e jovens.
8.
No último dia de votação, 07 de setembro, será realizado o 20º
Grito dos Excluídos, com manifestações de rua por todo o Brasil.
9.
A Secretaria Nacional de coordenação do Plebiscito está situada na
Rua Caetano Pinto, 575, Brás, na cidade de São Paulo. O telefone é o
11-21089336. E-mail: plebiscitoconstituinte@gmail.com. Facebook é o:
facebook.com/plebiscitoconstituinte
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