quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Moçambique/FADM reiteram fidelidade à pátria

25 setembro 2014, Jornal Noticias http://www.jornalnoticias.co.mz (Moçambique)

As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) reafirmaram ontem, em Maputo, diante do Chefe do Estado e Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS), Armando Guebuza, a sua determinação de defender com firmeza a pátria e o seu povo, e reiteraram a sua fidelidade à Constituição da República.

O Chefe do Estado-Maior General das Forças de Defesa de Moçambique, General do Exército Graça Chongo, que manifestou esse compromisso na cerimónia de saudação das FADM ao Presidente da República e Comandante-Chefe das FDS por ocasião da passagem, hoje, do jubileu de ouro das Forças Armadas, data que assinala o início da luta armada de libertação nacional,
renovou a determinação destas de perpetuar os mais nobres valores construídos ao longo do processo de libertação e renovados com o tempo, nomeadamente a unidade nacional, o patriotismo, a disciplina e a auto-estima, o sentido de ética e moral, o espírito de missão e de trabalho árduo.

Segundo o General Graça Chongo, foi através da geração do 25 de Setembro de 1964 que o povo moçambicano, traduzindo todo o seu esforço secular de resistência anti-colonial, pegou em armas e fez vincar a vontade colectiva de todos de terem uma pátria e uma bandeira, resgatando, desta forma, o seu direito à autodeterminação e à independência.

“Pela passagem desta data recordamo-nos de todo o percurso histórico recente do país, desde a vitoriosa luta pela independência nacional passando pelo processo de transformação dos então guerrilheiros das gloriosas FPLM em Exército regular, a preservação da integridade territorial, da soberania nacional e da unidade nacional, até à actual fase de defesa da paz, tão duramente conquistada”, disse.

A celebração do jubileu de ouro das Forças Armadas, indicou, constitui uma ocasião privilegiada de encarnação dos novos desafios que se abrem para as FADM, nos quais a formação se coloca no centro das atenções e com propósitos também definidos, tendo em vista a actual conjuntura social, política e económica nacional, regional e global.

Graça Chongo destacou a direcção visionária do Chefe do Estado ao longo dos últimos dez anos, que permitiu que as FADM levassem a cabo um amplo programa de educação, treino e formação com vista a estimular o seu crescimento qualitativo e quantitativo, valorizando o seu pessoal para realizar as suas actividades no âmbito da defesa nacional.

Avultou o papel preponderante do Presidente da República e Comandante-Chefe das FDS na dinamização da criação e fortalecimento dos principais estabelecimentos de Ensino Superior Militar das FADM, que vieram a acrescentar valor no processo de profissionalização das Forças Armadas e a contribuir para a redução cada vez mais significativa da dependência externa na formação dos quadros superiores de comando e direcção da instituição militar.

Dirigindo-se aos militares, Armando Guebuza enalteceu o papel das Forças Armadas de Defesa de Moçambique na defesa da soberania nacional e do bem-estar dos moçambicanos. Disse que o sector da Defesa tem sabido identificar desafios nas vantagens que orgulham o país para transformá-las em oportunidades.

A primeira, segundo o Chefe do Estado, está relacionada com a requalificação e reorientação das infra-estruturas militares localizadas em aglomerados urbanos e em zonas não apropriadas. A segunda vantagem refere-se ao facto de o país localizar-se numa posição geoestratégica de grande relevo na região e no mundo, tendo o Canal de Moçambique como uma das rotas marítimas de maior fluxo da actividade mercantil, bem como ser porta de entrada e saída para os países do interior.

Do ponto de vista de actividades ilícitas, a instituição militar tem sabido identificar e responder aos perigos que ameaçam a actividade mercantil, a pesca ilegal, a pirataria, o tráfico de drogas e a imigração ilegal.


A terceira vantagem prende-se com a existência de espécies marinhas como camarão e outros produtos que abundam na zona económica exclusiva do país, bem como pela descoberta de hidrocarbonetos na baía do Rovuma, colocando o país nas parangonas da imprensa mundial e nas grandes instituições de investimento internacional.

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