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junho 2013, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)
Nesta quarta-feira (5), o movimento político e social Marcha
Patriótica convocou organizações sociais, partidos políticos e setores progressistas
para defenderem os diálogos de paz entre o governo colombiano e as Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) “para evitar
crises e surpresas”.
“O presidente Juan Manuel Santos - que grandes setores depositaram confiança em sua vontade de paz - colocou em perigo a estabilidade das conversas e as boas relações de amizade e fraternidade tão necessárias com a Venezuela”, afirmou em coletiva de imprensa a pacifista e porta-voz do movimento, Piedad Córdoba.
A defensora dos direitos humanos fez referência
às tensões entre ambos países pela visita do ex-candidato da oposição Henrique Capriles à Colômbia. "O encontro entre Santos e Capriles, que não aceita os resultados democráticos das últimas eleições e a legitimidade do presidente Nicolás maduro é um ato inamistoso e desleal", sublinhou Córdoba.
A ex-senadora expressou que após a recente visita em Bogotá do vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, se precipitaram perigosos acontecimentos a partir das declarações e extravagantes posições do dignitário colombiano.
A isso soma-se “a reunião, em Cali, dos países do Acordo do Pacífico, que reforçam uma linha direitista e neoliberal na América Latina, em busca de quebrar a tendência predominante a nível continental a favor da integração regional sem a presença estadunidense, em ruptura com os Tradados de Livre Comércio (TLCs) e a economia de livre mercado neoliberal”.
“Estas atitudes que modificam os anúncios de Santos de transformar na política exterior para incorporar-se as instancias regionais de cooperação, com países soberanos e democráticos, unido as concessões para a direita e o militarismo colombiano, que buscam prejudicar os diálogos de paz, geram crise na mesa de Havana, que há poucos dias conseguiu um histórico acordo em matéria agrária”, manifestou.
Em nome da Marcha Patriótica, Córdoba reiterou o reconhecimento ao legítimo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e expressou para o governo e povo venezuelano sua solidariedade contra as tentativas de desestabilização.
“Lamentamos que o governo de Santos se preste e apoie essas tentativas”, apontou.
Farc
As Farc também manifestaram sua preocupação com as relações entre a Colômbia e a Venezuela “Ninguém coloca em dúvida o importante rol que a República Bolivariana da Venezuela desempenha com seu franco compromisso na busca pela paz para a Colômbia, como país acompanhante e facilitador do processo”, esclareceram em comunicado.
A guerrilha informou que buscarão contato direto com o embaixador designado pela Venezuela para acompanhar os diálogos de paz, Roy Chaderton - que voltou para Caracas, após o acontecido, a pedido de Nicolás Maduro - para que ilustre sobre a situação gerada e para combinar ações que permitam reconstruir a confiança que requer a continuidade do processo.
ELN
Da mesma maneira, o Exército de Libertação Nacional (ELN), também difundiu um comunicado pedindo para “ todos os progressistas, movimentos sociais, intelectuais, democratas e revolucionários da Nossa América, estar alertas ante novas manobras da Colômbia para desestabilização da Venezuela"
A guerrilha destacou que a política exterior de Juan Manuel Santos "deu-se graças a ambivalente navegação entre duas águas: a latino americanista e a imperialista".
"Santos diz em tom diplomática, mas ele, mais do que ninguém, sabe que a Colômbia não deixou de ser a cabeça de ponte para os planos de desestabilização imperialista contra a região e nele a Venezuela é um objetivo chave", declarou a o ELN.
Com Prensa Latina
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