terça-feira, 11 de junho de 2013

Angola e Portugal estudam novas formas de cooperação



10 junho2013, AngolaPress http://www.portalangop.co.ao (Angola)

Luanda – Angola e Portugal estudam novas formas de cooperação e a perspectiva centrou os encontros, em separado, dos secretários de Estados das Relações Exteriores, Manuel Augusto e Ângela Bragança, com o homólogo luso, Francisco de Almeida Leite, chegado a Luanda hoje (segunda-feira), para visita de trabalho de seis dias.

A este propósito, Manuel Augusto afirmou que
o Governo angolano trabalha para a criação do quadro jurídico-legal e um ambiente propício para atrair investimento estrangeiro, que possibilite o incentivo a produção nacional, em particular reavivando a indústria têxtil.

Ressaltou que a visita transmite um sinal do nível excelente das relações entre Angola e Portugal.

Já a secretária de Estado para a Cooperação, Ângela Bragança, recordou que Angola e Portugal partilhavam, no âmbito dos laços desenvolvidos até ao momento, a realização de acções no quadro de um programa indicativo nacional, sobretudo desenvolvido com base na ajuda pública.

Para si, o quadro de crise na Europa, em particular em Portugal, pode potenciar outros desafios, com a possibilidade de exploração de novos caminhos de cooperação e, nesta senda, anunciou que a parte lusa apresentou dois modêlos que merecerão estudo.

Especificou que estes compreendem a cooperação delegada, cuja abordagem foi já iniciada, e a possibilidade de triangular os laços, ou seja, os dois países poderem envolver uma terceira parte.

Francisco Almeida Leite, por seu lado, anunciou a intenção do governo português promover a realização de uma Cimeira bilateral, em Luanda, ainda no ano em curso, dedicada a partilha de experiências.

Para si, é uma matéria que interessa a ambos países, pelos vários assuntos pendentes, designadamente em matéria fiscal, dos transportes, protecção de investimentos, entre outros, para alcance de outro patamar, uma vez que o interesse é “olharmos para o futuro”.

Reconhecendo a pujança económica que Angola regista, com uma taxa de crescimento admirável, registo também de estabilidade política e progressos extremamente significativos, considerou importante a sociedade portuguesa entender que o investimento angolano é bem-vindo e desejado, pois cria emprego e riqueza.

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação luso deu a conhecer que foi informado da alteração da Pauta Aduaneira, que o governo angolano está a proceder para a reforma tributária e, desta feita, crê que tal facto transmitirá mais confiança aos investidores estrangeiros.

Defendeu a realização de reuniões mais regulares de dignitários de Angola e Portugal.

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