Os projectos financiados pelo Banco
Africano de Desenvolvimento (BAD) em Moçambique ascendem a 2,3 biliões de
dólares, anunciou hoje, em Maputo o representante daquela instituição multilateral
de crédito, Joseph Ribeiro.
“Desde 1977, altura em que começou
a cooperação entre o BAD e o governo de Moçambique, o BAD já financiou mais de
200 projectos
totalizando um valor de cerca de 2,3 biliões de dólares”, disse
Ribeiro, falando durante a sessão de abertura de um seminário intitulado
“Revisão do Desempenho da Carteira de Projectos do Governo de Moçambique
financiados pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) ”.
Este apoio do BAD, que cobriu
diferentes áreas, teve especial enfoque os sectores vitais da economia
particularmente a agricultura e os transportes, cabendo a cada um a fatia de 25
por cento.
Outras áreas que beneficiaram do
financiamento do BAD incluem o sector financeiro, comunicações, energia,
desenvolvimento de sistemas de águas e saneamento e apoio ao desenvolvimento
dos sectores sociais.
O BAD é também um parceiro de longa
data no apoio orçamental, o qual representou cerca de um quarto dos recursos
investidos.
O Banco apoiou ainda o despontar do
sector das indústrias extractivas em Moçambique, em particular no financiamento
e apoio a implementação dos primeiros mega-projectos de gás natural e da
mineração no país.
“Este impulso inicial a estas
indústrias revelou-se crucial ao abrir de portas que Moçambique fez a estes sectores
que representam hoje a ponte para um novo paradigma de crescimento e
desenvolvimento nacional”, disse.
No período compreendido entre 2011
até ao final deste ano, o BAD prevê que os seus financiamentos deverão atingir
mais de 335 milhões de dólares em projectos, com particular enfase para a
reabilitação da barragem de Massingir, a adjudicação do último troço do
corredor ferroviário de Nacala, intervenções no sector da agricultura com o
apoio do Programa Piloto para Resiliência Climática.
O ministro da planificação e
desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, disse, por seu turno, que actualmente o BAD
está a financiar 18 projectos do governo, avaliados em cerca de 700 milhões de
dólares americanos, sendo seis no sector da agricultura, quatro no sector dos transportes,
dois no sector da energia e dois no sector de águas e saneamento.
“Neste momento, o apoio financeiro
do BAD incide maioritariamente no Projecto de Irrigação do Baixo Limpopo,
Projecto de Electricidade IV, Projecto da Estrada Montepuez-Lichinga, Projecto
da Estrada do Corredor de Nacala; Projecto do Corredor de Transporte de Nacala
Fase III e Projecto Suplementar Montepuez-Lichinga”, explicou.
Falando sobre os objectivos do
evento, Cuereneia disse que o seminário visa fazer uma avaliação dos progressos
alcançados e desafios encontrados na implementação da carteira de projectos
financiados pelo BAD.
Cuereneia explica que o seminário,
de um dia, reveste-se de extrema importância na medida em que permitirá fazer a
avaliação do progresso dos projectos financiados pelo BAD tirar as devidas
ilações para o aperfeiçoamento da gestão dos mesmos.
Aliás, o ministro reconhece que o
desempenho da carteira de projectos financiados pelo BAD e outros parceiros de
desenvolvimento, nem sempre é dos melhores.
Por isso, apelou a todos os
intervenientes envolvidos na implementação de projectos a redobrarem os
esforços para que esta situação seja ultrapassada rapidamente.
Participaram no evento quadros do
Ministério da Planificação e Desenvolvimento, Finanças, da Agricultura, das
Obras Públicas e Habitação, da Energia, Banco de Moçambique e do Banco Africano
de Desenvolvimento. (RM/AIM)
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