13
junho 2013, Gazeta Russa http://gazetarussa.com.br/brics
(Russia)
Российская газета http://rg.ru
Chanceler russo, Serguêi Lavrov, e
seu par brasileiro, Antônio de Aguiar Patriota, se encontraram no Rio de
Janeiro na última terça-feira (11) para discutir situação síria e assuntos
bilaterais.
As relações bilaterais e o conflito
sírio dominaram a pauta do encontro do chanceler russo, Serguêi Lavrov, com seu
par brasileiro, Antônio Patriota, na última terça-feira (11), no Rio de
Janeiro.
Durante a visita, o chanceler russo
entregou, em nome do presidente russo Vladímir Pútin, a Ordem da Amizade ao
embaixador Carlos Antonio da Rocha Paranhos, que encerrou, neste mês sua missão
em Moscou.
"Em cinco anos que o senhor
passou em nosso país como embaixador, a Rússia e o Brasil se tornaram parceiros
estratégicos nas Nações Unidas, no Brics e no G-20", disse o chanceler
russo.
O contato entre Rússia e Brasil em
diferentes setores vem ganhando fôlego nos últimos anos. "A Rússia é hoje
um dos principais mercados para carnes, bovina e suína, para soja e muitos
outros produtos agrícolas brasileiros. Estamos trabalhando também para
diversificar essa pauta comercial", afirmou Antônio Patriota.
Os programas de intercâmbio
universitário também estiveram na pauta da reunião, inclusive no âmbito do “Ciência
sem Fronteiras”. Segundo Patriota, Rússia e Brasil começam a cooperar mais
ativamente em pesquisas nucleares e espaciais, além de nanotecnologia.
Balança comercial
O Brasil é o maior parceiro
comercial da Rússia Brasil na América Latina, e o intercâmbio comercial entre
os dois é de cerca de US$ 6 bilhões de dólares. "Os presidentes de nossos
países fixaram o objetivo de aumentar o comércio bilateral para US$ 10 bilhões
ao ano. A meta pode ser atingida, dados os planos já aprovados e aqueles que estão
sendo discutidos para grandes projetos conjuntos", disse Lavrov.
Mas Lavrov e Patriota concordam que
os países continuam desconhecidos, distantes e exóticos para seus cidadãos.
Para aproximar seus povos, os chanceleres discutiram a possibilidade de instalar
centros culturais dedicados a esses países. Além disso, planeja-se o Ano
da Rússia no Brasil (e vice-versa).
No esporte, a região russa de
Krasnodar, no sul do país, já tem uma escola de futebol brasileiro. No Brasil,
o intercâmbio fica por conta do hóquei no gelo.
"Ficamos surpresos ao saber
que o hóquei no gelo começou a ser praticado no Brasil, mais especificamente,
em São Paulo", disse Lavrov. "Quando voltarmos a Moscou, tentaremos
retribuir o gesto dos brasileiros mandar especialistas para ajudar a
desenvolver o hóquei no gelo no Brasil", completou.
A coordenação das posições dos dois
países em grandes fóruns internacionais, como ONU, Brics, G-20 e outros, pautou
os itens internacionais da agenda da reunião.
"Temos o interesse comum de
usar esses formatos internacionais para a promoção da reforma do comércio
internacional e do sistema financeiro internacional com a intenção de assegurar
a novos centros de crescimento econômico um lugar mais justo no sistema
internacional", disse Lavrov.
O problema sírio também foi
abordado. No dia 25 de junho, Genebra sediará uma reunião preparatória para a
conferência internacional sobre a Síria. A conferência, informalmente
chamada de Genebra-2, ainda não tem data definida. De acordo com Lavrov, o
maior problema é determinar a lista de participantes.
"Teremos um grande prazer em
ver o Brasil entre os participantes do evento, atendendo a sua posição
sempre objetiva e equilibrada em relação a qualquer problema internacional.
Mas, no momento, a principal questão, ou seja, a participação de atores
externos, não está resolvida. Insistimos em convidar todos os países vizinhos
da Síria e aqueles que têm influência direta sobre a situação na região",
disse Lavrov, em alusão ao Egito e Irã.
No entanto, a participação desses
dois países, especialmente do Irã, é rejeitada por alguns países.
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