25 junho 2013, Agência Brasil http://agenciabrasil.ebc.com.br
(Brasil)
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Depois de conversas com
os presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal e da Câmara dos
Deputados, o governo decidiu que a solução de “convergência possível” para
fazer a reforma política é um plebiscito, e não a convocação de uma Assembleia
Constituinte específica, como chegou a ser cogitado ontem (24). A decisão foi
anunciada pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
“Nessas consultas, houve um
entendimento da realização de um plebiscito com foco na reforma política, que é
um tema fundamental para melhorar a qualidade da representação política no
país, para ser mais permeável, mais oxigenável às aspirações populares que
estão se manifestando nas ruas”, disse o ministro.
A presidenta Dilma Rousseff vai se
reunir nos próximos dias com líderes de
partidos do governo e da oposição, do
Senado e da Câmara, para discutir o processo que levará ao plebiscito e quais
questões poderão fazer parte da consulta popular. Ainda nesta semana, o governo
vai consultar a presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra
Cármen Lúcia, sobre o tempo necessário para a preparação e realização do
plebiscito.
Segundo Mercadante, a ideia é
realizar a consulta “o mais rápido possível” para que as eventuais mudanças no
sistema político entrem em vigor antes do processo eleitoral do ano que vem. Na
consulta popular, os eleitores deverão responder a perguntas diretas
sobre temas da reforma política, como financiamento de campanha e representação
política, informou o ministro.
“O que nós queremos é fazer a
reforma política com participação popular. O instrumento que temos que
viabiliza o entendimento é o plebiscito, é o povo participar e votar”, disse
Mercadante.
O impasse em torno da convocação de
uma Assembleia Constituinte exclusiva surgiu depois que a presidenta Dilma
sugeriu um “processo constituinte específico” para a reforma política em meio
ao anúncio de pactos nacionais para melhoria dos serviços públicos e da
transparência no sistema político.
Após questionamentos de juristas e de manifestação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o governo esclareceu hoje, por meio do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que Dilma não sugeriu exatamente a convocação de uma Assembleia Constituinte, mas de um plebiscito para ouvir a população sobre como fazer a reforma política.
Após questionamentos de juristas e de manifestação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o governo esclareceu hoje, por meio do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que Dilma não sugeriu exatamente a convocação de uma Assembleia Constituinte, mas de um plebiscito para ouvir a população sobre como fazer a reforma política.
“Há uma polêmica constitucional, se
na Constituição Federal existe espaço para a Constituinte exclusiva, ou não.
Vários juristas de peso sustentam que há. No entanto, nós não temos tempo hábil
para realizar uma Constituinte. Por isso, a presidenta falou em plebiscito
popular para que se estabeleça um processo constituinte específico para a
reforma política. Processo constituinte porque há matérias no plebiscito que
poderão tratar de questões constitucionais da reforma política”, reforçou
Mercadante.
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