segunda-feira, 10 de junho de 2013

São Tomé e Princípe/Primeiro-ministro são-tomense considera aberta nova era nas relações com Angola




10 junho 2013, AngolaPress http://www.portalangop.co.ao (Angola)

Luanda – O primeiro-ministro de São Tomé e Princípe, Gabriel Arcanjo da Costa, declarou hoje, segunda-feira, em Luanda, que a “cooperação com Angola é frutuosa e está aberta uma nova era” no quadro das relações entre os dois Estados e povos. 

O governante são-tomense falava em conferência de imprensa,
no âmbito de uma visita oficial a Angola, iniciada sexta-feira, e cujo programa inscreveu um encontro de trabalho com o Chefe do Executivo, José Eduardo dos Santos.

Considerou “excelentes as relações de cooperação, alicerçadas num passado comum de luta pela soberania nacional e pela emancipação dos dois povos, actualmente, nos desafios para a consolidação dos sistemas democráticos e a promoção do desenvolvimento sustentável dos respectivos Estados”.

Disse achar que o momento é de dar novo impulso à cooperação, sendo desejável a estabilidade política para que tenha lugar, de forma satisfatória, o desenvolvimento e o bem-estar das populações.

Explicou que hoje, no seu país, há um governo constitucional, apoiado por três partidos com assento parlamentar, que têm mantido um relacionamento cordial com o Presidente da República, acabando com a “cacofonia” entre os diversos órgãos do poder, que tem permitido ao povo são-tomense, na estabilidade, construir o seu futuro.

“As instituições de um país economicamente débil devem funcionar o melhor possível, pelo interesse da nação", afirmou, adiantando que a sua visita, a Angola, visa igualmente reafirmar o compromisso assumido pelos respectivos estadistas, numa demonstração de perfeita sintonia naquilo que é fundamental para a resolução dos problemas que mais preocupam as populações.

Gabriel da Costa informou que prosseguem acções para o fortalecimento da democracia, redução da fome e da pobreza, investimento dos parceiros de cooperação na educação, saúde, abastecimento de água, bens que promovem a estabilidade e a criação de um quadro legal, que dê garantia, aos investidores, de retorno do seu capital.

Disse que o seu país oferece oportunidades nos domínios do turismo, exploração petrolífera, e a sua localização geográfica pode ser uma plataforma interessante para os operadores económicos.

Manifestou interesse na constituição de parcerias, que podiam ser públicas e privadas, visando o aprofundamento das relações de cooperação entre Angola e São Tomé e Príncipe, país que trilha os caminhos para a consolidação das instituições democráticas, apesar de alguns percalços.

Disse que São Tomé e Príncipe conta com a ajuda de Angola, que é uma potência sub-regional, para impulsionar o desenvolvimento do turismo e a prestação de serviços no domínio dos petróleos.  

São Tomé e Príncipe já beneficiou, precisa e pode beneficiar de ajuda financeira de Angola, pelo que está a trabalhar para que os angolanos, em segurança e estabilidade, criem parcerias com são-tomenses e contribuam para a promoção do empreendedorismo, a bem dos dois povos e Estados, ressaltou.

O governante revelou, por outro lado, ter discutido, com o Chefe de Estado angolano, questões ligadas a integração regional na Comunidade de Desenvolvimento da África Central (CEAC) e a necessidade de concertação político-diplomática.

Disse terem, igualmente, abordado o aumento da pirataria na região do Golfo da Guiné, factor que constitui ameaça séria a navegação marítima e aos países com alguma vulnerabilidade em termos de protecção da sua costa marítima, como São Tomé e Príncipe, que assiste a assaltos, com armamento sofisticado, a 180 quilómetros da costa.

O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe considerou importante que se estreitem as relações de cooperação Sul-Sul, para alavancar as economias mais débeis.

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