10 junho 2013, AngolaPress
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(Angola)
Luanda –
O primeiro-ministro de São Tomé e Princípe, Gabriel Arcanjo da Costa, declarou
hoje, segunda-feira, em Luanda, que a “cooperação com Angola é frutuosa e está
aberta uma nova era” no quadro das relações entre os dois Estados e
povos.
O
governante são-tomense falava em conferência de imprensa,
no âmbito de uma
visita oficial a Angola, iniciada sexta-feira, e cujo programa inscreveu um
encontro de trabalho com o Chefe do Executivo, José Eduardo dos Santos.
Considerou
“excelentes as relações de cooperação, alicerçadas num passado comum de luta
pela soberania nacional e pela emancipação dos dois povos, actualmente, nos
desafios para a consolidação dos sistemas democráticos e a promoção do
desenvolvimento sustentável dos respectivos Estados”.
Disse
achar que o momento é de dar novo impulso à cooperação, sendo desejável a
estabilidade política para que tenha lugar, de forma satisfatória, o
desenvolvimento e o bem-estar das populações.
Explicou
que hoje, no seu país, há um governo constitucional, apoiado por três partidos
com assento parlamentar, que têm mantido um relacionamento cordial com o Presidente
da República, acabando com a “cacofonia” entre os diversos órgãos do poder, que
tem permitido ao povo são-tomense, na estabilidade, construir o seu futuro.
“As
instituições de um país economicamente débil devem funcionar o melhor possível,
pelo interesse da nação", afirmou, adiantando que a sua visita, a
Angola, visa igualmente reafirmar o compromisso assumido pelos respectivos
estadistas, numa demonstração de perfeita sintonia naquilo que é fundamental
para a resolução dos problemas que mais preocupam as populações.
Gabriel
da Costa informou que prosseguem acções para o fortalecimento da democracia,
redução da fome e da pobreza, investimento dos parceiros de cooperação na
educação, saúde, abastecimento de água, bens que promovem a estabilidade e a
criação de um quadro legal, que dê garantia, aos investidores, de retorno do
seu capital.
Disse que
o seu país oferece oportunidades nos domínios do turismo, exploração
petrolífera, e a sua localização geográfica pode ser uma plataforma
interessante para os operadores económicos.
Manifestou
interesse na constituição de parcerias, que podiam ser públicas e privadas,
visando o aprofundamento das relações de cooperação entre Angola e São Tomé e
Príncipe, país que trilha os caminhos para a consolidação das instituições
democráticas, apesar de alguns percalços.
Disse que
São Tomé e Príncipe conta com a ajuda de Angola, que é uma potência
sub-regional, para impulsionar o desenvolvimento do turismo e a prestação de
serviços no domínio dos petróleos.
São Tomé
e Príncipe já beneficiou, precisa e pode beneficiar de ajuda financeira de
Angola, pelo que está a trabalhar para que os angolanos, em segurança e
estabilidade, criem parcerias com são-tomenses e contribuam para a promoção do
empreendedorismo, a bem dos dois povos e Estados, ressaltou.
O
governante revelou, por outro lado, ter discutido, com o Chefe de Estado
angolano, questões ligadas a integração regional na Comunidade de
Desenvolvimento da África Central (CEAC) e a necessidade de concertação político-diplomática.
Disse
terem, igualmente, abordado o aumento da pirataria na região do Golfo da Guiné,
factor que constitui ameaça séria a navegação marítima e aos países com alguma
vulnerabilidade em termos de protecção da sua costa marítima, como São Tomé e
Príncipe, que assiste a assaltos, com armamento sofisticado, a 180 quilómetros
da costa.
O
primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe considerou importante que se estreitem
as relações de cooperação Sul-Sul, para alavancar as economias mais débeis.
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