sexta-feira, 28 de junho de 2013

Portugal/O POVO TOMOU A PALAVRA



27 junho 2013, ODiário.info http://www.odiario.info (Portugal)


A magnífica Greve Geral de 27 de Junho de 2013 parou o país. Convocada pela CGTP, esta Greve Geral teve a adesão convergente não apenas de todas as estruturas que se reivindicam da representação dos trabalhadores mas das camadas médias e de outros sectores que a desastrosa política levada a cabo pelo governo PSD/CDS atinge igualmente. Uma adesão e um apoio que dão a dimensão da esmagadora rejeição popular face a este governo e a esta política e do largo campo aberto à luta por uma outra política.

A CGTP colocou com clareza a reivindicação central desta Greve: a demissão do Governo, a inversão do rumo político que este executa, sob o comando da troika estrangeira. Essa reivindicação afirmou-se como uma exigência e uma urgência nacional.

Trabalhadores da indústria, das pescas, dos transportes, dos portos, dos correios, da grande distribuição comercial, do sector financeiro, da administração pública central e local, da comunicação social, das artes do espectáculo, trabalhadores de todos as áreas de actividade tanto do sector público como do sector privado aderiram em massa a esta grandiosa jornada. Em vários aspectos a adesão à Greve apresentou aspectos qualitativamente novos e mais avançados: nos sectores e nas camadas de trabalhadores que aderiram, na combatividade e na coragem manifestadas, nomeadamente por parte de trabalhadores com vínculo precário, na adesão ao seu objectivo central. Em mais de 50 manifestações e concentrações realizadas em todo o país, muitos milhares de trabalhadores compartilharam com as populações o mesmo clamor unânime: “o governo para a rua!”.

O Governo PSD/CDS não dispõe há muito nem de legitimidade política nem de legitimidade democrática. É um governo fora-da-lei, que o país inteiro condena e rejeita. Um governo acossado, que odeia os trabalhadores, o povo e o país, que odeia os direitos e liberdades democráticos e que os cercearia, se pudesse, como vem afirmando de forma cada vez menos velada.

Os trabalhadores, o povo e o país confirmaram hoje que a luta não se deterá enquanto este governo não for varrido de vez. A Greve Geral de 27 de Junho de 2013 ficará como um dos marcos decisivos nessa batalha.

Os Editores de odiario.info


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Portugal/PRIMEIRO BALANÇO DA GREVE GERAL DE 24 HORAS
28 junho 2013, Resistir.info http://www.resistir.info (Portugal)


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Portugal/RESOLUÇÃO APROVADA NAS CONCENTRAÇÕES/DESFILES REALIZADAS HOJE EM 50 LOCALIDADE DO PAIS.
27 junho 2013, CGTP--IN http://www.cgtp.pt (Portugal)

A GREVE GERAL CONSTITUIU-SE NUM IMENSO CLAMOR DE PROTESTO E LUTA!
PELA URGENTE DEMISSÃO DO GOVERNO E MARCAÇÃO DE ELEIÇÕES ANTECIPADAS!
PELA RUPTURA COM A POLÍTICA DE DIREITA!

A GRANDIOSA GREVE GERAL que hoje estamos a realizar em Portugal contra a política de desastre nacional do Governo do PSD/CDS-PP dá expressão ao imenso caudal de protesto e de combate contra as medidas de “austeridade” que agravam a exploração e o empobrecimento, evidenciando a adesão massiva dos trabalhadores e trabalhadoras aos objectivos desta magnifica acção de luta nacional e o seu profundo impacto nas paralisações totais verificadas nas empresas e locais de trabalho em todo o país, nas diversas regiões e sectores de actividade, na industria e nos serviços, nos sectores privado e empresarial do Estado e no sector público.
   
A CGTP-IN, a grande central sindical dos trabalhadores portugueses, saúda todos quantos de norte a sul de Portugal, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, estão hoje a realizar a Greve Geral. Dirige uma saudação particular, as centenas de milhares de jovens, de trabalhadores com vínculos precários e tantos outros que, apesar de estarem sujeitos a uma brutal exploração, à repressão e a múltiplas arbitrariedades do patronato e do Governo, deram hoje mais uma poderosa demonstração de força, determinação e confiança na luta em defesa dos seus direitos e interesses, contra o pacto de agressão das tróicas, por um país de futuro, por um Portugal de Justiça e de Progresso, Independente e Soberano.

A CGTP-IN saúda, igualmente, os milhares de dirigentes e activistas sindicais da CGTP-IN que, com grande empenho, abnegação e uma forte solidariedade, conjugaram esforços no sentido do reforço da unidade na acção nos locais de trabalho, tornando extensível esta saudação aos activistas não filiados, porque todos eles contribuíram decisivamente para o êxito da Greve Geral.

A CGTP-IN saúda, também, todos os que estão a participar nesta concentração / Manifestação, os trabalhadores e trabalhadoras, os desempregados, reformados e outras camadas da população, bem como todos os que manifestaram apoio e aderiram à Greve Geral, e que estão a ser violentamente atacados nos seus direitos e condições de vida e de trabalho, dando assim expressão maior ao clamor que ecoa no país inteiro:

BASTA! GOVERNO RUA!
ROMPER COM O PROGRAMA DE AGRESSÃO, ACABAR COM A POLÍTICA DE DIREITA!
POR UMA ALTERNATIVA POLÍTICA, DE ESQUERDA E SOBERANA!    

Portugal, os trabalhadores e o povo não podem continuar subjugados a um Governo em colisão com o quadro constitucional e que, assumindo a sua natureza de classe ao serviço dos grandes grupos económicos e financeiros, tem vindo a destruir a economia nacional e a arruinar a vida de milhares e milhares de famílias. Um Governo que quer pôr agora em marcha um novo plano de ataque aos salários e aos direitos dos trabalhadores, de despedimentos massivos na administração pública, de mais cortes na despesa social, visando o desmantelamento das Funções Sociais do Estado (Educação, Saúde, Segurança Social e Habitação), de agravamento da carga fiscal e do custo de vida para os trabalhadores, os reformados e pensionistas e as famílias em geral, tornando impossível a existência de uma vida minimamente digna para a generalidade dos que vivem e trabalham em Portugal.

Em apenas dois anos deste Governo do PSD/CDS-PP, os trabalhadores realizaram milhares de lutas nos locais de trabalho e acções de protesto nas ruas de Portugal inteiro, em que se incluem quatro Greves Gerais, todas elas de enorme dimensão, o que mostra a confiança que os trabalhadores depositam na CGTP-IN, a sua extraordinária capacidade de organização e mobilização, a sua inamovível natureza de classe ao serviço dos trabalhadores e do país, confirmando-a como a força decisiva para que o Governo esteja hoje profundamente desgastado e ruído de múltiplas contradições internas.

É um Governo moribundo que, a cada dia que passa, agrava os problemas do país e que vê cada vez mais reduzida a sua base social de apoio, contando apenas com o beneplácito do seu indefectível apoiante, o Presidente da República, o qual, agindo no desprezo pela Constituição da República Portuguesa, afirma, na prática, a sua cumplicidade activa com essa política de afundamento nacional e de ofensa aos interesses dos trabalhadores, do povo e do País.

É um governo que está a mais no Portugal Democrático, no País de Abril.
Existe alternativa! Os participantes nesta Concentração / Manifestação decidem:

- Intensificar a acção e a luta reivindicativa nos locais de trabalho, aprofundando a unidade na acção de todos os trabalhadores pela resolução dos problemas concretos, a luta contra o encerramento das empresas e pela defesa dos postos de trabalho; pelo pagamento dos salários em atraso e o aumento dos salários; contra a desregulamentação dos horários e em defesa dos direitos laborais e dos serviços e Funções Sociais do Estado;

- Exortar ao alargamento e convergência da luta das massas trabalhadores e populares, assumindo o compromisso de participar com grande força, determinação e confiança nas acções que vierem a ser definidas pela CGTP-IN, na certeza de que é esse o único caminho capaz de derrotar definitivamente este Governo e esta política e construir a alternativa política, de Esquerda e Soberana, necessária e urgente;

- Exigir que o Presidente da República assuma, no quadro das suas competências e em conformidade com o juramento que fez de cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa, o dever moral e político de demitir este Governo e convocar eleições antecipadas.

ACABAR COM ESTE GOVERNO, POR FIM À POLÍTICA DE DIREITA!  
POR UM PORTUGAL DESENVOLVIDO, DE ESQUERDA E SOBERANO!
A LUTA CONTINUA!

27 de Junho de 2013

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