11 junho 2013, Radio Moçambique http://www.rm.co.mz
A Empresa Publica moçambicana de
Hidrocarbonetos (ENH – EP) descarta a possibilidade de venda das suas
participações nos projectos de pesquisa e exploração de gás natural actualmente
em curso no país.
No entanto, admite que de há algum
tempo a esta parte a empresa tem sido pressionada por algumas entidades
interessadas na compra de parte das participações da ENH - EP, nas áreas 1 e 4
da bacia do Rovuma, Norte de Moçambique, zona onde estão a ser anunciadas
grandes descobertas de gás natural.
O Presidente do Conselho de
Administração da ENH - EP, Nelson Ocuane, disse não ser pretensão da empresa
fazer cedências, não só porque não tem mandato para o efeito, como também
porque a missão conferida pelo Governo é de valorizar as participações e
constituir bases para que a empresa se transforme, nos próximos 20 a 30 anos,
numa operadora petrolífera.
"Temos um mandato de
estruturar o financiamento e maximizarmos a nossa participação nos blocos
participados e preparar a empresa para que daqui a alguns anos possa operar os
projectos, quer na área de pesquisa quer na área de exploração, processamento e
comercialização”, afirmou Ocuane, citado pela edição de hoje do matutino
“Notícias”.
Ele reagia a informação divulgada
semana passada, sobretudo pela imprensa estrangeira, dando conta de que a ENH
alienaria 15 por cento que detém no bloco Área 1 da bacia do Rovuma, operada
pela norte-americana Anadarko.
A referida informação dá conta de
que entre os interessados em adquirir a participação detida pela ENH – EP estão
os grupos indianos Oil and Natural Gas Corp. (ONGC) e Oil India Ltd. (OIL), bem
como uma empresas chinesas do sector.
“O que temos proposto às empresas
que nos têm contactado é que caso pretendam participar no desenvolvimento do
gás natural na bacia do Rovuma, isso pode ser feito recorrendo às participações
que são colocadas à venda, tal como aconteceu quando a Cove Energy cedeu a sua
parte na bacia do Rovuma”, frisou a fonte.
Instado a explicar sobre o destino
que será dado, futuramente, às participações detidas pelas empresas, Nelson
Ocuna disse que as mesmas serão posteriormente trespassadas para investidores
moçambicanos naquilo que constitui a materialização da política do Governo que
preconiza a entrada de nacionais em projectos petrolíferos. (RM/AIM)
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