quarta-feira, 12 de junho de 2013

Moçambique/Gás Rovuma: ENH descarta venda de participações mas confirma pressão



11 junho 2013, Radio Moçambique http://www.rm.co.mz

A Empresa Publica moçambicana de Hidrocarbonetos (ENH – EP) descarta a possibilidade de venda das suas participações nos projectos de pesquisa e exploração de gás natural actualmente em curso no país.

No entanto, admite que de há algum tempo a esta parte a empresa tem sido pressionada por algumas entidades interessadas na compra de parte das participações da ENH - EP, nas áreas 1 e 4 da bacia do Rovuma, Norte de Moçambique, zona onde estão a ser anunciadas grandes descobertas de gás natural.

O Presidente do Conselho de Administração da ENH - EP, Nelson Ocuane, disse não ser pretensão da empresa fazer cedências, não só porque não tem mandato para o efeito, como também porque a missão conferida pelo Governo é de valorizar as participações e constituir bases para que a empresa se transforme, nos próximos 20 a 30 anos, numa operadora petrolífera.

"Temos um mandato de estruturar o financiamento e maximizarmos a nossa participação nos blocos participados e preparar a empresa para que daqui a alguns anos possa operar os projectos, quer na área de pesquisa quer na área de exploração, processamento e comercialização”, afirmou Ocuane, citado pela edição de hoje do matutino “Notícias”.

Ele reagia a informação divulgada semana passada, sobretudo pela imprensa estrangeira, dando conta de que a ENH alienaria 15 por cento que detém no bloco Área 1 da bacia do Rovuma, operada pela norte-americana Anadarko.
A referida informação dá conta de que entre os interessados em adquirir a participação detida pela ENH – EP estão os grupos indianos Oil and Natural Gas Corp. (ONGC) e Oil India Ltd. (OIL), bem como uma empresas chinesas do sector.

“O que temos proposto às empresas que nos têm contactado é que caso pretendam participar no desenvolvimento do gás natural na bacia do Rovuma, isso pode ser feito recorrendo às participações que são colocadas à venda, tal como aconteceu quando a Cove Energy cedeu a sua parte na bacia do Rovuma”, frisou a fonte.

Instado a explicar sobre o destino que será dado, futuramente, às participações detidas pelas empresas, Nelson Ocuna disse que as mesmas serão posteriormente trespassadas para investidores moçambicanos naquilo que constitui a materialização da política do Governo que preconiza a entrada de nacionais em projectos petrolíferos. (RM/AIM)

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