21 junho 2013, Portal do governo http://www.portaldogoverno.gov.mz (Moçambique)
Maputo (AIM)
-- A Empresa Nacional de
Hidrocarbonetos (ENH), o braço empresarial do Estado na área de
hidrocarbonetos, será transformado em operadora petrolífera num futuro próximo,
aproveitando a experiência acumulada nos projectos em curso em Moçambique.
Nelson Ocuane, Presidente do
Conselho de Administração da ENH, ao revelar este facto disse que as
participações que a empresa detém nas 11 concessões de pesquisa de
hidrocarbonetos, não estão a venda e que,
pelo contrário, pretende-se
valorizá-las ainda mais.Em entrevista concedida ao jornal “Noticias”, Ocuane disse que o mandato da sua empresa é valorizar as participações que detém e constituir uma base para que a mesma se transforme em operadora nesta área nos próximos 25 a 30 anos.
Neste momento, em termos de pesquisas, Ocuane disse que existem dois projectos que se encontram em fase avançada de desenvolvimento, incluindo pesquisa de hidrocarbonetos na Área 1, e na Área 4 da bacia do Rovuma, operados pela Anadarko e pela Eni. Em cada um destes projectos a ENH detém 15 porcento.
“Na área de produção estamos envolvidos no projecto Pande/Temane, operado pela Sasol. Neste projecto a ENH através da Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos participa com 25 porcento”, disse Ocuane.
A ENH também participa com 25 por cento no gasoduto que liga a região de Temane, na província meridional de Inhambane a vizinha África do Sul, numa extensão de 875 quilómetros. Neste empreendimento a multinacional sul-africana Sasol detém 50 porcento e outros 25 porcento pertencem ao Governo da África do Sul.
A fonte disse que em carteira a empresa tem um projecto social de distribuição de gás natural na parte norte da província de Inhambane, nomeadamente, Vilankulo, Inhassoro e Nova Mambone que começou com um projecto-piloto em 1991 e neste momento, está a estender a rede.
“Conseguimos fazer 500 ligações por ano desde 2012, vamos fazer 500, este ano e assim sucessivamente”, esclareceu.
Ocuane disse ainda que decorre em Maputo a implementação de um projecto de distribuição de gás que compreende um anel para a cidade de Maputo e que se estende ao distrito de Marracuene. Este projecto, orçado em 38 milhões de dólares, é fruto de uma parceria com a KOGAS da Coreia do Sul.
As projecções de investimentos nos próximos anos, segundo Ocuane, rondam entre 14 e 20 biliões de dólares para as unidades de liquefacção de gás.
Neste rol de projectos a participação da ENH seria de quase 700 milhões de dólares se forem duas unidades de liquefacção de gás natural e cerca de um bilião de dólares se foram quatro.
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