24 junho
2013, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)
O
governo da presidenta Dilma Rousseff tenta tomar a iniciativa para evitar uma
crise política e social no rastro das manifestações de protesto e da realização
de ações violentas.
Na sexta-feira (21), em cadeia nacional de rádio e televisão, a presidenta da República defendeu o direito de protestar, mas condenou o vandalismo e os atos de violência. Dilma se mostrou atenta às reivindicações populares e afirmou que a exigência de mudanças e de solução para os graves problemas sociais estruturais do país é legítima. Democrática, dispôs-se ao diálogo, prometendo receber lideranças dos movimentos sociais que foram às ruas.
“Se aproveitarmos bem o impulso dessa nova energia política, poderemos fazer melhor e mais rápido muita coisa que o Brasil ainda não conseguiu realizar por causa de limitações políticas e econômicas. Mas se deixarmos que a violência nos faça perder o rumo, estaremos não apenas desperdiçando uma grande oportunidade histórica, mas também correndo o risco de colocar muita coisa a perder”, enfatizou.
O discurso presidencial foi positivo também porque fez um chamamento à união do povo e do governo, em todas as suas instâncias, para enfrentar os problemas sociais,
nomeadamente os do transporte público, da educação e da saúde, reivindicações
presentes nas manifestações das duas últimas semanas. Na sexta-feira (21), em cadeia nacional de rádio e televisão, a presidenta da República defendeu o direito de protestar, mas condenou o vandalismo e os atos de violência. Dilma se mostrou atenta às reivindicações populares e afirmou que a exigência de mudanças e de solução para os graves problemas sociais estruturais do país é legítima. Democrática, dispôs-se ao diálogo, prometendo receber lideranças dos movimentos sociais que foram às ruas.
“Se aproveitarmos bem o impulso dessa nova energia política, poderemos fazer melhor e mais rápido muita coisa que o Brasil ainda não conseguiu realizar por causa de limitações políticas e econômicas. Mas se deixarmos que a violência nos faça perder o rumo, estaremos não apenas desperdiçando uma grande oportunidade histórica, mas também correndo o risco de colocar muita coisa a perder”, enfatizou.
O discurso presidencial foi positivo também porque fez um chamamento à união do povo e do governo, em todas as suas instâncias, para enfrentar os problemas sociais,
Ela chegou a propor um “grande pacto” entre o governo federal, os governadores e os prefeitos para a elaboração de um plano nacional de mobilidade, e de educação e propôs medidas para enfrentar os problemas emergenciais de saúde, principalmente a falta de médicos que estrangula o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
Mais uma vez a presidenta acentuou que seu governo não transige com a corrupção e a malversação dos recursos públicos: “Precisamos de formas mais eficazes de combate à corrupção e ampliá-las para todos os poderes da República. Precisamos fiscalizar o uso correto do dinheiro público”, salientou.
De grande significado foi a referência que fez à necessidade de uma reforma política que assegure a ampla liberdade de organização partidária e amplie a participação popular.
Calou fundo entre os jovens, principalmente no movimento estudantil a renovação do compromisso presidencial de destinar 100% dos royalties do petróleo exclusivamente à educação.
O discurso de Dilma Rousseff em cadeia nacional de rádio e TV foi igualmente esclarecedor sobre os gastos públicos com a infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014. “Quero esclarecer que o dinheiro dos estádios é fruto de financiamento e será devidamente pago pelos futuros gestores dessas arenas. Jamais permitiria que esse dinheiro saísse do orçamento federal, que é usado para a educação e a saúde”.
Já nesta segunda-feira (24), o governo federal dá os primeiros passos para a concertação do pacto proposto pela presidenta, que conversa com os governadores de estados prefeitos das capitais, ocasião em que os temas ligados à mobilidade urbana e ao transporte público ocuparão o centro das atenções. Aguarda-se com grande expectativa o prometido encontro com as lideranças juvenis das lutas pelo passe livre nos transportes urbanos.
O pronunciamento de Dilma foi uma manifestação da disponibilidade do governo para o diálogo e uma sinalização de que pode dar passos concretos para abordar de maneira mais frontal e eficaz os graves problemas sociais do país.
A movimentação política e social em curso repõe na ordem do dia a necessidade de realizar reformas estruturais democráticas que correspondam aos profundos anseios de mudanças no país e consoantes o compromisso de “avançar”, assumidos pela presidenta durante a campanha eleitoral de 2010.
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