quinta-feira, 27 de junho de 2013

Papa garante discreto apoio a reformas políticas do Brasil



26 junho 2013, Carta Maior http://www.cartamaior.com.br (Brasil)

 

Esse apoio já foi transmitido a Dilma pelo presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), d. Raimundo Damasceno Assis, cardeal arcebispo de Aparecida (SP). Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) também aprova clamor popular, desde que não haja atos de vandalismo. Por Dermi Azevedo


O papa Francisco garantiu à presidenta Dilma Rousseff o apoio da Igreja Católica Romana ao projeto de reformas políticas no Brasil. Esse apoio já foi transmitido à Dilma pelo presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), d. Raimundo Damasceno Assis, cardeal arcebispo de Aparecida (SP). A posição do Vaticano será reafirmada à presidenta pelo próprio papa, no encontro que terá com ela na ultima semana de julho próximo, no Rio de Janeiro, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude.

O apoio da Igreja ao projeto de reformas não é incondicional. Dependerá do respeito, por parte do governo federal, ao que a Igreja denomina “direito integral a vida e ao princípio da subsidiariedade”. Este princípio integra a doutrina social eclesiástica e consiste na divisão de responsabilidades sociais, políticas, econômicas, culturais e ambientais entre todos os segmentos da sociedade. Se for levado à prática, incluirá necessariamente a consulta sobre todos os itens da reforma política ao conjunto da cidadania, por meio de suas organizações mais representativas. No capítulo sobre o direito à vida, a Igreja Romana quer que seja mantida intocável a sua doutrina contrária ao aborto.

Colaboração
O papa não falará explicitamente em seus discursos, no Rio de Janeiro e em Aparecida, sobre os projetos de reforma na Constituição brasileira e sobre as manifestações que reuniram milhares de pessoas em cidades de todo o país. Garantirá, porém, a colaboração da igreja a todas as iniciativas parlamentares ou não que signifiquem o aprofundamento da democracia e do Estado de Direito. Esse apoio católico será compartilhado pelas igrejas que integram o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic). Outro ponto de convergência entre o Vaticano, a CNBB e o Conic é a rejeição das igrejas a quaisquer atos de vandalismo que impliquem em violências contra os cidadãos e contra o patrimônio público.

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