6 junho 2013, ADITAL
Agência Frei Tito para a America Latina http://www.adital.com.br (Brasil)
A
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) repudia a
violência do Estado e do agronegócio contra a comunidade indígena Terena
ocorrida na fazenda Buriti, em Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul.
Foi com profundo pesar que a CONTAG recebeu a notícia da morte do índio Terena, Oziel Gabriel, e de dezenas de índios feridos durante a trágica demonstração de força do Estado brasileiro sobre famílias desarmadas e indefesas
, ocorrida na
quinta-feira (30/05), por ocasião da tentativa de despejo na fazenda Buriti.Foi com profundo pesar que a CONTAG recebeu a notícia da morte do índio Terena, Oziel Gabriel, e de dezenas de índios feridos durante a trágica demonstração de força do Estado brasileiro sobre famílias desarmadas e indefesas
A postura adotada pelo Judiciário local contribuiu ainda mais para que a violência imperasse. Todos os boletins oficiais notificam que a recomendação de reintegração de posse orientou a força policial, tanto da Polícia Militar do estado como da Polícia Federal, para que se cumprisse imediatamente o mandato de reintegração de posse, esgotando qualquer possibilidade de diálogo e de busca de uma alternativa pacífica.
Destaca-se que está cada vez mais comum o abuso por parte de representantes do Poder Judiciário contra os movimentos sociais. Esta postura contraria o papel que deveria ter a Justiça, de prestigiar o diálogo e o entendimento entre as pessoas, as instituições e entre os poderes.
Vem ocorrendo por todo o país o emprego da força policial a pedido do Judiciário e, quase sempre, para defender os propósitos do agronegócio, seja qual for a natureza do conflito agrário. Um exemplo é o que vem ocorrendo em Rondônia com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Vilhena/Chupinguaia, Udo Wahlbrink, que vive sob a permanente ameaça de morte e foi sentenciado à prisão por estar em defesa dos interesses de sua base e da luta pela reforma agrária.
A CONTAG se solidariza com a comunidade Terena e com a família de Oziel Gabriel, brutalmente assassinado pelo Estado brasileiro.
A CONTAG defende a regularização e desintrusão de todas as terras indígenas.
A CONTAG, como a maior representação sindical de trabalhadores e trabalhadoras rurais do Brasil, defende o diálogo na busca de soluções para os conflitos, repudia toda e qualquer violência e se coloca em defesa da vida.
A CONTAG defende um país soberano e que seja capaz de implementar um desenvolvimento rural sustentável e solidário, por meio de uma ampla e massiva reforma agrária, pela valorização e fortalecimento da agricultura familiar, pela valorização dos saberes e culturas tradicionais dos povos do campo, das florestas e das águas.
No Brasil
Denunciamos à sociedade que o risco
a vida dos povos isolados vem aumentando nos últimos anos
Relatoria da Plataforma Dhesca
recomenda ao poder público que seja agilizado o processo de demarcação dos
territórios indígenas, que o governo ouça as comunidades indígenas e que a
liminar de...
A série de declarações
desencontradas e infelizes, numa clara articulação dos interesses do
agronegócio, elevou a temperatura e deixou aranhões fortes na imagem do país e
do governo.
Repúdio ao tratamento dado aos
camponeses, povos indígenas, quilombolas e pescadores deste país
Entidades da sociedade civil
manifestam publicamente profunda preocupação sobre a destituição dos direitos
afirmados na Constituição de 1988.
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