9 maio 2013, Blog do Planalto http://blog.planalto.gov.br (Brasil)
Palácio do Planalto, 09 de maio de 2013
Boa noite a todos.
Excelentíssimo senhor presidente da
República Bolivariana da Venezuela, senhor Nicolas Maduro,
Senhoras e senhores ministros de
Estado integrantes das delegações da Venezuela e do Brasil,
Senhoras e senhores jornalistas,
fotógrafos e cinegrafistas,
É uma satisfação receber o
presidente Maduro, acompanhado de expressiva comitiva ministerial, em sua
primeira visita ao Brasil como presidente da Venezuela. Tive a oportunidade de
conviver com Nicolas Maduro, durante os anos em que atuou como chanceler do
presidente Chávez. Sei de suas qualidades. Sei, também, que é um grande amigo
do Brasil. Estou certa de que manterei, com o presidente Maduro, um nível
elevado de relacionamento, a exemplo do relacionamento que mantive, durante os
anos que dele desfrutei, com o presidente Chávez.
Hoje reiteramos o compromisso com
uma forte parceria, parceria estratégica entre nossos países. Decidimos
aprofundar os projetos existentes de cooperação em áreas como alimentos,
energia elétrica, energia de petróleo, agricultura, desenvolvimento social e
habitação. Discutimos, ainda, novas possibilidades de cooperação, em matéria
muito específica de abastecimento, segurança alimentar e também na garantia do
suprimento energético. A presença na Venezuela de escritórios de instituições
brasileiras como a Caixa Econômica, o Ipea e a Embrapa, seguirá sendo grande
facilitadora dessas iniciativas.
Nós coincidimos na avaliação de
que, apesar da crise econômica, o comércio com a Venezuela, em 2012,
ultrapassou a marca histórica dos US$ 6 bilhões. Indiquei ao presidente Maduro
nossa disposição em buscar mais expansão e maior equilíbrio nesse intercâmbio,
e analisar todas as possibilidades de ampliação das importações brasileiras de
produtos venezuelanos, como é o caso da uréia e do coque.
Concordamos também no interesse de
ambos os países em diversificar ainda mais a nossa troca de experiências para
abranger áreas como cultura e juventude. Queria destacar a Orquestra Sinfônica
Simón Bolívar, que foi e é um exemplo do quão longe podem ir os jovens quando
apoiados por políticas públicas que estimulem seus talentos. Eu e todos os
brasileiros que assistimos, no mês passado, às suas apresentações, sob a
regência do maestro Dudamel, ficamos muito sensibilizados com o vigor, a
sonoridade e, sobretudo, a qualidade técnica e a expressiva competência desse
extraordinário conjunto.
No próximo semestre o Mercosul
viverá um momento histórico. Pela primeira vez um país situado ao norte do
Brasil assumirá a sua Presidência Pro Tempore. Estou certa de que isso
permitirá ao bloco viver um segundo ciclo de expansão do comércio e de
integração das cadeias produtivas, beneficiando, em especial, o norte e o
nordeste do Brasil e o sul da Venezuela.
Registrei o apreço do Brasil pelos
esforços do secretário-geral da Unasul, Alí Rodríguez, em prol do
desenvolvimento integrado da América do Sul, pela reafirmação da América do Sul
como um continente de paz, sem uso de armas atômicas e, sobretudo, a capacidade
de resolver seus próprios problemas.
Presidente Maduro,
Esse desafio, que é o desafio da
união regional, sonho de todos os nossos antepassados e frustração de tantas
gerações, tem sido encaminhado por todos nós e isso tem grande significado
político. Nossos países estão mostrando essa vocação para criar um futuro
comum, que una toda a nossa região, que contribua para um mundo multipolar e
multilateral, sem espírito de confrontação, sem pretensões hegemônicas e sem
ingerência externa.
A Venezuela e o Brasil têm um papel
fundamental a desempenhar nessa caminhada. Vamos fazer da vontade de união
entre nossos países um exemplo para toda a região de uma região que prossegue
no caminho do crescimento econômico, da inclusão social e, sobretudo, do
fortalecimento democrático.
Aproveito esta oportunidade também
para agradecer o decisivo apoio da Venezuela à nossa candidatura à direção da
Organização Mundial do Comércio e todo o empenho demonstrado pelo país do
senhor.
Muito obrigada, presidente Maduro,
e muito sucesso ao seu mandato e ao seu governo.
Antes de encerrar, eu queria fazer
uma saudação a uma companheira, a companheira primeira-dama, Cilia Flores, e
gostaria que ela enviasse a todas as mulheres venezuelanas a minha saudação.
Para ela eu falei um castelhano tanto quanto... objeto de muitas críticas, mas
eu não podia deixar, eu tinha... esqueci na saudação e quero fazer essa
retificação, companheira primeira-dama, Cilia Flor
-----------------------
Brasil e Venezuela/Maduro: Mercosul será o motor da economia sul-americana
9
maio 2013, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)
Em sua primeira visita ao Brasil como presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou que o Mercado Comum do Sul (Mercosul) será o motor da economia sul-americana. Nos últimos dias o mandatário venezuelano esteve no Uruguai e na Argentina com o objetivo de fortalecer a integração da região. Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela fazem parte do bloco regional. O Paraguai está suspenso desde que o presidente Fernando Lugo foi deposto por um golpe de Estado em 2012.
“Estamos
muito otimistas [com o Mercosul], a Venezuela assume a presidência pró tempore
e viemos com uma proposta de agenda que vamos propor à presidenta Dilma
[Rousseff], por sua experiência”.
O ex-chanceler da Venezuela afirmou que são muitos os aportes que seu país pode oferecer ao bloco como as enormes reservas de petróleo e gás, uma economia que cresceu nos últimos 14 anos mais de 350 bilhões de dólares em seu Produto Interno Bruto (PIB), um desemprego abaixo de sete pontos e um investimento social de 550 bilhões de dólares nos últimos anos. "Somos um poderoso mercado, um país com uma potência econômica em desenvolvimento", indicou.
O mandatário manifestou seu interesse em ingressar com força nos mercados do norte e nordeste do Brasil. “Demos os primeiros passos, mas nos próximos seis anos acreditamos que deve ser incrementado. Temos que fortalecer a união comercial, industrial, produtiva, energética”, acrescentou.
E acrescentou: “estamos em fase de reconstrução desta cultura produtiva, sobretudo no campo (...) temos que conseguir o método e a fórmula para dar um salto qualitativo e quantitativo na produção de alimentos e para isso precisamos de ajuda dos irmãos da América do Sul (…) Isso é um tema chave que viemos tratar com a presidenta Dilma”.
A Venezuela assume em 28 de junho deste ano a presidência pro-tempore do Mercosul e elabora sua proposta de agenda, para isso consultará Dilma. Sobre o futuro do bloco, Maduro ressaltou que o Mercosul deve se “industrializar por dentro, criar uma zona comercial nossa, única e justa”.
Da Redação do Vermelho, com TeleSUR
O ex-chanceler da Venezuela afirmou que são muitos os aportes que seu país pode oferecer ao bloco como as enormes reservas de petróleo e gás, uma economia que cresceu nos últimos 14 anos mais de 350 bilhões de dólares em seu Produto Interno Bruto (PIB), um desemprego abaixo de sete pontos e um investimento social de 550 bilhões de dólares nos últimos anos. "Somos um poderoso mercado, um país com uma potência econômica em desenvolvimento", indicou.
O mandatário manifestou seu interesse em ingressar com força nos mercados do norte e nordeste do Brasil. “Demos os primeiros passos, mas nos próximos seis anos acreditamos que deve ser incrementado. Temos que fortalecer a união comercial, industrial, produtiva, energética”, acrescentou.
E acrescentou: “estamos em fase de reconstrução desta cultura produtiva, sobretudo no campo (...) temos que conseguir o método e a fórmula para dar um salto qualitativo e quantitativo na produção de alimentos e para isso precisamos de ajuda dos irmãos da América do Sul (…) Isso é um tema chave que viemos tratar com a presidenta Dilma”.
A Venezuela assume em 28 de junho deste ano a presidência pro-tempore do Mercosul e elabora sua proposta de agenda, para isso consultará Dilma. Sobre o futuro do bloco, Maduro ressaltou que o Mercosul deve se “industrializar por dentro, criar uma zona comercial nossa, única e justa”.
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