quarta-feira, 22 de maio de 2013

Angola/Saúde em África melhorou siginficativamente, afirma governante angolano



20 maio 2013, AngolaPress http://www.portalangop.co.ao (Angola)

Genebra – O ministro da Saúde, José Van-Dúnem, afirmou hoje (segunda-feira), em  Genebra (Suiça), que a situação da saúde em África melhorou significativamente na última década, apesar dos inúmeros desafios que deverão ser solucionados com ajuda da OMS e dos parceiros internacionais.

O governante angolano discursava em nome do Grupo Africano durante
a 66ª Assembleia Mundial da Saúde, que hoje iniciou em Genebra, na qual Angola foi eleita vice-presidente em representação da região.

O ministro justificou a sua afirmação apontando o facto de a taxa da mortalidade de crianças, com menos de cinco anos, ter diminuido de 159 em mil nascimentos em 2000 para 109 em 2010.

Referiu-se aos cuidados de saúde dos recém-nascidos como uma área que deverá merecer maior atenção por parte dos países africanos.

Relativamente à implementação do objectivo de desenvolvimento do milénio no capítulo relacionado com a redução da mortalidade materna, disse ter havido uma diminuição em média de 720 mortes em 100.000 nascimentos em 2000, para 480 mortes em 2010.

José Van-Dúnem realçou que a região africana desenvolveu esforços e registou progressos na melhoria da saúde materna, mas não nas proporções para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.

No que toca à prevenção e controlo do HIV/SIDA, indicou que foram igualmente feitos progressos em matéria de cobertura da intervenção para redução da transmissão vertical e tratamento através de medicamentos retrovirais.

Sobre o combate à malária, revelou que se registou uma diminuição na ordem dos 33 porcento, o que contribuiu para a redução em 50 porcento a taxa de mortalidade em África.

Não obstante os progressos alcançados, o ministro afirmou que África continua a enfrentar enormes desafios ligados a doenças de origem infecciosas, tais como a cólera, meningites e febres virais hemorrágicas e outras relacionadas com emergêencias de saúde e as doenças epidémicas com impacto sócio-económico devastador para o tecido social dos países africanos.

Na sua intervenção, abordou a situação global da poliomielite em África, que requer ainda cuidados em alguns países da região, assim como o Plano de Acção Global sobre as doenças não comunicáveis, isto é, da gestão dos determinantes de saúde social, da reforma do sistema de saúde para melhorar as condições de vida e a qualidade de vida das  populações.

Finalmente, defendeu a introdução da saúde e do bem-estar como indicadores no processo de definição da nova agenda de desenvolvimento das Nações Unidas após 2015.

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