20 maio
2013, AngolaPress http://www.portalangop.co.ao
(Angola)
Genebra – O ministro da Saúde, José
Van-Dúnem, afirmou hoje (segunda-feira), em Genebra (Suiça), que a
situação da saúde em África melhorou significativamente na última década,
apesar dos inúmeros desafios que deverão ser solucionados com ajuda da OMS e
dos parceiros internacionais.
O governante angolano discursava em
nome do Grupo Africano durante
a 66ª Assembleia Mundial da Saúde, que hoje
iniciou em Genebra, na qual Angola foi eleita vice-presidente em
representação da região.
O ministro justificou a sua
afirmação apontando o facto de a taxa da mortalidade de crianças, com menos de
cinco anos, ter diminuido de 159 em mil nascimentos em 2000 para 109 em 2010.
Referiu-se aos cuidados de saúde
dos recém-nascidos como uma área que deverá merecer maior atenção por parte dos
países africanos.
Relativamente à implementação do
objectivo de desenvolvimento do milénio no capítulo relacionado com a redução
da mortalidade materna, disse ter havido uma diminuição em média de 720 mortes
em 100.000 nascimentos em 2000, para 480 mortes em 2010.
José Van-Dúnem realçou que a região
africana desenvolveu esforços e registou progressos na melhoria da saúde
materna, mas não nas proporções para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento
do Milénio.
No que toca à prevenção e controlo
do HIV/SIDA, indicou que foram igualmente feitos progressos em matéria de cobertura
da intervenção para redução da transmissão vertical e tratamento através de
medicamentos retrovirais.
Sobre o combate à malária, revelou
que se registou uma diminuição na ordem dos 33 porcento, o que contribuiu para
a redução em 50 porcento a taxa de mortalidade em África.
Não obstante os progressos
alcançados, o ministro afirmou que África continua a enfrentar enormes desafios
ligados a doenças de origem infecciosas, tais como a cólera, meningites e
febres virais hemorrágicas e outras relacionadas com emergêencias de saúde e as
doenças epidémicas com impacto sócio-económico devastador para o tecido social
dos países africanos.
Na sua intervenção, abordou a
situação global da poliomielite em África, que requer ainda cuidados em alguns
países da região, assim como o Plano de Acção Global sobre as doenças não
comunicáveis, isto é, da gestão dos determinantes de saúde social, da reforma
do sistema de saúde para melhorar as condições de vida e a qualidade de vida
das populações.
Finalmente, defendeu a introdução
da saúde e do bem-estar como indicadores no processo de definição da nova
agenda de desenvolvimento das Nações Unidas após 2015.
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