22 maio 2013, Radio Moçambique http://www.rm.co.mz
Galiza Matos
O vice-ministro da Energia, Jaime
Himede, diz que Moçambique, a região da África Austral e o mundo em geral
precisam de diversificar as suas fontes de energia para fazer face a demanda
imposta pelo desenvolvimento do sector industrial, particularmente nos países
em desenvolvimento.
Falando hoje, em Maputo, na
cerimónia de abertura do Fórum sobre os Desafios da Indústria Energética
, um
evento de dois dias, Himede apontou a necessidade para a edificação de
infra-estruturas capazes de alavancar o desenvolvimento da indústria emergente
resultante da descoberta de novos recursos naturais.
Himede fez lembrar que o ritmo de
desenvolvimento económico e social que Moçambique regista ao longo dos últimos
anos reflecte-se no aumento da demanda de energia, precisando de aumentar a sua
capacidade de geração em pelo menos 100 MW anuais, sem incluir os grandes
projectos.
“Moçambique joga papel de relevo
nesta matéria e possui um quadro legal favorável no que toca a criação de
oportunidades de negócios tendo em conta que a energia é um dos pilares
indispensáveis para o desenvolvimento de todos os países, sendo por isso
destino preferencial de investimentos”, reconheceu o vice-ministro.
Na procura de soluções para fazer
face a este défice energético, segundo Himede, Moçambique está a implementar
vários projectos para a produção de energia com destaque para a central de
Cahora Bassa Norte (1245MW), Mpanda Nkuwa (fase I de 1500MW e fase II 900MW),
Borama (200MW), Lupata (600MW) e Lúrio (120MW).
Estas iniciativas deverão ser
acompanhadas pelo fortalecimento e promoção de estratégias nacionais, regionais
e continentais para a promoção do desenvolvimento de energias renováveis,
sabido que o desenvolvimento da indústria energética requer investimentos
avultados que ultrapassam a capacidade de financiamento do sector público.
Para fortalecer a capacidade de
financiamento para o desenvolvimento de projectos energéticos o governante
apontou como ponte de salvação o estabelecimento de parcerias entre os sectores
público e privado.
O desenvolvimento do sector,
segundo Himede, não pode depender de uma única fonte pois, para além dos
recursos hídricos, Moçambique possui o gás, carvão mineral, etanol, entre
outras fontes de energia renováveis capazes de garantir um desenvolvimento
sustentável.
O governante sublinhou que as
descobertas de recursos que se registam em Moçambique nos últimos tempos impõem
a expansão da rede energética e o desenvolvimento de um sector energético
sustentável.
Na ocasião, Omar Mitha, economista
chefe do Millennium bim, disse que o futuro de Moçambique dependerá da
estratégia adoptada pelo governo para o desenvolvimento da indústria energética
para servir de alicerce a Pequenas e Médias Empresas (PMEs).
“Até 2025 Moçambique poderá ser um
país desenvolvido e, graças aos índices elevados de evolução que está a registar
poderá tornar-se a terceira potência em Africa”, avançou Mitha.
Para sustentar a sua posição, Mitha
apontou as políticas monetárias de pró-investimento e crédito, o aumento das
exportações como factores que vão colocar Moçambique nos patamares e forçar uma
adaptação para um novo cenário macroeconómico. (RM/AIM)
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