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Autoridades
sul-africanas alegam que, além de instituição ajudar a desenvolver o
continente, África é uma das grandes promessas para resolver os problemas mundiais.
Durante discurso no Fórum Econômico
Mundial (FEM), realizado na cidade do Cabo na última sexta-feira (10), o
presidente sul-africano Jacob Zuma, declarou que a sede do Banco do Brics deve
ficar situada em seu país. “O banco deve ser criado aqui, pois é no
continente africano que existe a maior necessidade dele”, disse Zuma.
Em março passado, a cúpula do Brics
(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), na cidade sul-africana de Durban,
chegou a um consenso sobre a criação de um banco de desenvolvimento do grupo.
Porém, os ministros das Finanças ficaram responsáveis por decidir questões
organizacionais, inclusive a localização da sede da nova instituição
financeira.
Zuma confirmou também que um dos
motivos da decisão de criar um banco dos Brics foi a insatisfação dos
países-membros com a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco
Mundial. “Precisamos de uma atitude diferente da adotada pelos bancos antigos existentes
que, por vezes, são muito lentos”, disse o líder sul-africano.
O principal desafio da África,
segundo Zuma, é o desenvolvimento da infraestrutura e, por isso, acredita que o
banco poderá solucionar esse problema.
O ministro das Finanças da África
do Sul, Pravin Gordhan, exortou os participantes do fórum a investirem de forma
mais ativa nos países africanos, cuja contribuição para a economia mundial vai
crescer rapidamente. “Há grandes oportunidades aqui”, repetiu Gordhan,
lembrando que o continente possui 60% das terras agrícolas do mundo.
Além disso, nas próximas duas ou
três décadas, o número de jovens na África será maior do que em outros
continentes. “Essa região trará novas respostas a desafios, tais como mudança
climática, desenvolvimento econômico, redução da pobreza e da desigualdade”,
finalizou o ministro sul-africano.
Publicado originalmente pela Itar-Tass
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