O desenvolvimento sustentável será
alcançado não só através da exportação de minerais, mas sobretudo pela sua
industrialização, tendo como matéria-prima o carvão, gás natural, calcário,
ferro, fosfatos, bauxite e outros recursos.
Esta tese foi defendida
quarta-feira, em Chimoio, por Abdul Razak, Vice-Ministro dos Recursos Minerais,
na abertura do seminário de apresentação e debate da Política e
Estratégia dos Recursos Minerais, evento no qual participaram vários
interessados na área. Segundo Abdul Razak, o Executivo está a privilegiar
acções de formação e capacitação institucional, para habilitar os órgãos do
Estado para corresponder à dinâmica imposta pelo desenvolvimento do sector.
Com efeito, segundo Razak, os
recursos naturais, especialmente minerais, constituem o maior capital natural
que o país dispõe, cuja industrialização pode contribuir para a transformação
económica e para o aumento do Produto Interno Bruto.
Foi assim que ele evidenciou que a
exploração dos recursos naturais enquadra-se nas estratégias do Governo, para
melhoria do padrão de vida dos moçambicanos.
Referiu que a demanda internacional
de carvão, areias pesadas e de hidrocarbonetos, entre outros minerais de valor
comercial, associada a um mapeamento geológico credível e ao ambiente
macroeconómico favorável, determinou o crescimento da actividade de pesquisa e produção.
Para Razak, o início da produção e
exportação de carvão em grande escala em Moatize, província de Tete, a expansão
em 50 por cento da capacidade de produção de ilmenite nas areias pesadas de
Moma, em Nampula e a produção de tantalite em Marropino e Muiane, na Zambézia,
são exemplos dos esforços conjugados do Governo e sector privado na promoção da
economia nacional.
Além disso, Razak explicou que a
descoberta de grandes reservas de gás natural na bacia do Rovuma, totalizando
mais de 150 triliões de metros cúbicos, a conclusão da implementação do
projecto de expansão em Pande/Temane, a concretização de vários projectos de
exploração de calcário e a sua utilização na indústria de cimento, são alguns
dos esforços que têm vindo a ser desencadeados em prol da utilização
sustentável e racional dos recursos minerais.
Do ponto de vista de impacto, a
implantação destes projectos, segundo argumentou, tem contribuído para a
atracção de outras actividades económicas, serviços e a criação de
oportunidades de negócios.
Constituem também principais
objectivos da política de recursos minerais, segundo Razak, melhorar o
conhecimento geológico-mineiro dos recursos minerais existentes no solo e
subsolo, nas águas interiores, no mar territorial, na plataforma continental e
na zona económica exclusiva, onde, de acordo com o Direito Internacional, o
Estado tem direitos de soberania e jurisdição. (Com jornalnoticias.co.mz)
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