domingo, 14 de outubro de 2007

Equador/Chávez ajudará Correa a rever contratos com petroleiras estrangeiras

Quito, 13 outubro 2007 - O presidente equatoriano, Rafael Correa, anunciou neste sábado que pedirá a ajuda do líder venezuelano, Hugo Chávez, para renegociar os contratos com as multinacionais do petróleo que operam no Equador, entre elas a Petrobras.
Correa também revelou que o Equador voltará à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em Novembro, para "ter informação e saber o que estão a fazer os demais países" em relação às multinacionais.

O presidente equatoriano, que recentemente decidiu reduzir de 50 porcento para 1 porcento do ganho das multinacionais com a alta dos preços do petróleo, anunciou esta semana que fará uma auditoria nos contratos assinados com as companhias estrangeiras a partir de 1996 para determinar possíveis irregularidades em prejuízo do Estado.

Segundo Correa, seu governo pedirá a assessoria de Chávez para renegociar os actuais contratos com Petrobras, Andes Petroleum (China), Repsol IP-F (Espanha), City Oriente (Estados Unidos) e Perenco (França).

"Para estes novos contratos vamos ter assessoria técnica, de venezuelanos e de outros países da região, que já têm experiência nesta renegociação".

Para renegociar os contratos, "também será de grande ajuda nosso ingresso na Opep, porque poderemos ter acesso à informação e experiência" dos outros membros.
Quito entrou no bloco em 20 de Novembro de 1973 e se retirou 19 anos depois por não cumprir as metas do sistema de cotas. O país deixou uma dívida pendente de 5,2 milhões de dólares.

O Equador é o quinto maior produtor sul-americano de petróleo. Em 2006 produziu uma média de 536 mil barris por dia (b/d), dos quais 53 por cento correspondem a petroleiras privadas.

Entre Janeiro e Julho de 2007, a produção equatoriana chegou aos 506 mil b/d. (AngolaPress)

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