N L/18 outubro 2007
O comércio bilateral entre a China e os Países de Língua Portuguesa gerou trocas comerciais de 19,5 mil milhões de euros (27,8 mil milhões de dólares) nos primeiros oito meses deste ano, disse hoje fonte oficial chinesa.
De acordo com a mesma fonte, o crescimento das trocas comerciais tem sido fortemente influenciado pelo aumento das exportações brasileiras para o continente chinês, que entre Janeiro e Agosto totalizaram 17,9 mil milhões de dólares ou mais cerca de 40 por cento face ao valor apurado nos primeiros oito meses de 2006.
Angola, o segundo maior parceiro chinês entre os lusófonos, efectuou trocas comerciais até Agosto no valor de oito mil milhões de dólares, número que traduz uma diminuição de 4,6 por cento face aos primeiros oito meses do ano passado.
Já com Portugal, a China trocou produtos no valor de 1,47 mil milhões de dólares, mais 35,2 por cento face ao apurado entre Janeiro e Agosto de 2006.
O comércio bilateral entre a China e os Países de Língua Portuguesa continua a desenvolver-se de forma muito acentuada e deverá atingir rapidamente os objectivos traçados em Setembro passado em Macau de chegar até 2009 aos 36.775 milhões de euros (50.000 milhões de dólares).
As transacções comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa conheceram um forte crescimento a partir de Outubro de 2003 quando o Governo Central Chinês decidiu atribuir a Macau a responsabilidade de promover o desenvolvimento das relações económicas e comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa com a realização local de um Fórum de Cooperação Económica e Comercial e com o desenvolvimento de acções de cooperação em diversas áreas.
Entre 2003 e 2006, as trocas comerciais entre a China e a lusofonia mais que triplicaram para um total de 25,6 mil milhões de euros (cerca de 34 mil milhões de dólares) em 2006, um crescimento que na altura correspondia a 46,9 por cento face a 2005.
Na última reunião ministerial do Fórum, realizada em Setembro de 2006 em Macau, a China e Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor-Leste - São Tomé e Príncipe não esteve presente por manter relações diplomáticas com Taiwan - decidiram elevar os laços de cooperação ao nível intergovernamental, comércio, investimento, empresarial, agrícola e pescas, construção de infra-estruturas, recursos naturais, recursos humanos e desenvolvimento.
Os ministros de cada país participante reiteraram ainda que "Macau deve continuar a desempenhar activamente o papel de plataforma no reforço da cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa".
Além disso, refere o texto do acordo, sublinharam a "necessidade de estimular a cooperação entre as empresas de Macau, da China e dos Países de Língua Portuguesa, no desenvolvimento conjunto de múltiplas formas de cooperação nas área de comércio, transportes, investimento, agricultura e pescas, exploração de recursos, construção de infra-estruturas, saúde e telecomunicações".
No fórum de Macau, a China comprometeu-se ainda a abrir uma linha de crédito de cerca de 79 milhões de euros (800 milhões de reminbis) para desenvolvimento de infra-estruturas nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. (Notícias Lusófonas)
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