Maputo, 27 Outubro 2007 - O Partido Frelimo recomenda ao Governo que estimule e apoie o empresariado nacional para a produção da riqueza, no quadro do papel regulador e interventivo do Estado que, entre outros, prevê a concepção e implementação de políticas fiscais que favoreçam o desenvolvimento e prática de um ambiente de negócios são. O porta-voz da II Sessão Ordinária do Comité Central da formação política no poder, Edson Macuácua, que revelou o facto ontem em conferência de Imprensa, disse haver fundos nas instituições do Estado destinados ao financiamento da actividade empresarial, que devem ser desburocratizados e descentralizados por forma a garantir que mais cidadãos tenham acesso a eles e a assegurar a emergência de mais empreendedores.
A estratégia do partido Frelimo para o reforço e fortalecimento do empresariado foi um dos pontos que dominaram os trabalhos de ontem tendo os participantes constatado que apesar dos avanços económicos resultantes do clima de paz e estabilidade, ainda não é possível que todos os cidadãos sejam ricos.
Macuácua recordou que no seu programa quinquenal, o partido Frelimo elegeu o combate à pobreza absoluta como prioridade, o que passa também pela criação de condições para o fortalecimento do empresariado nacional. “A erradicação da pobreza faz-se também pela via do empresariado, pelo despertar das iniciativas dos homens e mulheres desta pátria para que os enormes recursos disponíveis sejam postos ao serviço do povo”, enfatizou.
Segundo Macuácua, urge eliminar a percepção no seio dos moçambicanos de que quando alguém é bem sucedido num determinado empreendimento é porque recorreu a fórmulas mágicas para a acumulação de riqueza. Há que incutir no cidadão o espírito de empreendedorismo e a consciência de que no processo de produção de riqueza há riscos.
“Por isso, nós temos que ter uma atitude positiva em relação aos empreendedores moçambicanos. Temos que acreditar na capacidade dos moçambicanos, temos que ter orgulho de produzir e consumir produtos, bens e serviços produzidos por moçambicanos, pois o fortalecimento do empresariado nacional concorre para o reforço da soberania”, observou, acrescentando, entretanto, que esta aposta não significa exclusão do investimento estrangeiro.
Entretanto, ainda ontem os membros do CC da Frelimo apreciaram os relatórios sobre o desempenho da bancada parlamentar, das autarquias, bem como do Comité de Verificação do órgão. Apreciaram ainda as propostas do plano e orçamento para o próximo ano, o relatório do desempenho do Governo em 2007, as propostas do Plano em Económico e Social e o Orçamento do Estado para 2008, bem como o relatório da Comissão Política sobre a situação política, económica e social do país. (Notícias/Felisberto Arnaça)
Nenhum comentário:
Postar um comentário