5 maio 2013, ODiário.info http://www.odiario.info (Portugal)
A
comunicação ao país do Primeiro-ministro, no dia 3 de Maio, empurrou ainda mais
Portugal para a beira do abismo. O conteúdo da mensagem confirma a
incompetência e a irracionalidade anti-patriótica do bando que exerce a
estratégia do Poder.
Agora o governo pretende despedir numa primeira fase mais 50 OOO trabalhadores da Função Pública, quer mediante «rescisões amigáveis», quer através do mecanismo das «requalificações», novo rótulo da engrenagem da «mobilidade especial».
Ainda no sector público, a idade da
reforma sem penalização sobe para os 66 anos, aumenta o horário de trabalho de
35 para 40 horas, é agravado o desconto para o subsistema de saúde dos
funcionários, o imposto intitulado «taxa de solidariedade» é reposto sobre as
reformas, e as Forças Armadas, a GNR e a PSP são também duramente golpeadas.
O resto do pacote será conhecido
dentro de dias quando o governo informar os chamados «parceiros sociais» de
novos cortes.
Afirma Passos, em nome do seu
Ministério, que diz procurar, como porta-voz da troika, o consenso social para
levar adiante a sua política devastadora.
A arrogância e hipocrisia são
tamanhas que até destacadas personalidades do patronato se demarcam de uma
política que configura um autêntico assalto à razão.
«Pode um homem sozinho dar cabo de
um país?» Ao responder afirmativamente à pergunta, Miguel Sousa Tavares, em
artigo publicado no semanário «Expresso» conclui que «este governo vai
rebentar, tem de rebentar». A opinião, emitida por um influente jornalista de
direita, expressa bem o medo de uma explosão social que se instalou num amplo
sector da classe dominante.
A política de Passos-Gaspar
apresenta já matizes fascizantes. E o governo não pode hoje como durante a
ditadura de Salazar e Caetano contar com as forças armadas para desencadear uma
repressão massiva.
No próprio governo as fissuras são
já inocultáveis. Alguns ministros receiam que a indignação dos trabalhadores e
pensionistas transcenda o âmbito das manifestações de protesto e desemboque num
levantamento popular.
A concentração do dia 25 de Maio,
em Belém, contribuirá para desmascarar a cumplicidade do Presidente da
República com os inimigos do povo português.
Cabe às massas assumirem-se como
sujeito da História e pôr fim ao governo fascizante que ocupa o Poder.
OS EDITORES DE ODIARIO.INFO
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