Paulo la Salvia/Enviado especial
Uagadugu (Burquina Fasso), 15 outubro 2007 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi enfático ao afirmar hoje (15) que toda cooperação entre Brasil e África não permitirá o desenvolvimento da região se a paz não for alcançada.
“Quando falamos em democracia e desenvolvimento temos que ter em conta uma palavra mágica. Essa palavra se chama paz. Sem paz, nenhum país do mundo vai se desenvolver”.
Lula, que voltou a se manifestar pelo fim dos subsídios agrícolas que prejudicam a economia dos países pobres e emergentes, anunciou um acordo de transferência de tecnologia para os produtores de algodão de Burquina Fasso desenvolverem espécies mais resistentes a regiões secas e quentes.
Outro projeto de cooperação conjunta entre o Brasil e União Econômica e Monetária do Oeste da África (Uemoa), vai permitir o plantio e a produção de biocombustíveis em Buquina Fasso. A Uemoa reúne oito países da África Ocidental e tem sede em Uagadugu.
Sobre o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, Lula defendeu maior adaptação à realidade contemporânea.
“Centro e trinta dos 192 países da ONU são da África, América Latina e Ásia. Esses países não estão adequadamente representados no Conselho de Segurança, onde muitas vezes seus destinos são traçados. É preciso corrigir urgentemente essa distorção”.
Burquina Fasso é o primeiro país que Lula visita nesta viagem à África. O presidente vai ao Congo, à África do Sul e a Angola.
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