Wellton Máximo / Repórter da Agência Brasil
O secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Gerson Penna, informou que o objetivo da medida é reforçar a conscientização em torno das formas de contágio. “Esses avisos estarão presentes no dia-a-dia das pessoas, para lembrá-las de cuidados que vão prevenir a doença”, disse. E acrescentou que a medida não trará custos aos cofres públicos.
O governo pretende também regionalizar as campanhas de prevenção à dengue: “Dependendo do clima de cada região, as ações precisam ser tomadas em momentos distintos, antes do início das chuvas”. O secretário citou o Nordeste, onde as chuvas não começam no final do ano, como ocorre no Centro-Sul.
Outra iniciativa do ministério será a distribuição, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, de 300 mil CDs a médicos de todo o país, com informações sobre como tratar os pacientes com dengue. “Se a doença não for diagnosticada e tratada precocemente, a dengue pode matar em caso de reincidência”, lembrou.
O Ministério da Saúde também divulgou hoje (4) um estudo sobre o grau de conhecimento da população sobre a doença. A pesquisa revelou que apesar da intensa veiculação de campanhas na mídia, a população não adota medidas individuais para eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
O levantamento, feito com 2,1 mil pessoas em todo o país, mostrou que 88% dos entrevistados afirmaram tomar cuidados freqüentes para impedir o acúmulo de água parada. No entanto, 37% disseram acreditar que os vizinhos tomam poucas precauções contra a dengue e 55% responderam que a doença não pode ser contida sem a colaboração do vizinho. “As pessoas dizem que se previnem, mas que os vizinhos não fazem o mesmo”, explicou Penna.
Os dados servirão para a revisão da estratégia de publicidade contra a dengue e já estão sendo levados em conta nas ações anunciadas hoje (4). “A intenção é aprimorar a comunicação com a sociedade, porque o combate à dengue exige uma mudança de postura e de cultura”, observou o secretário.
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