O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) concorda com a ideia segundo a qual é preciso desenhar e implementar mais projectos com enfoque para os distritos, tidos como pólos de desenvolvimento do país. Esta é a percepção da nova representante regional residente desta instituição, Alice Hamer, naquilo que constituiu a sua primeira aparição pública depois de ter sido, semana passada, credenciada junto do Governo moçambicano.
Maputo, 24 setembro 2007 - A necessidade de incremento de projectos com enfoque nos distritos constitui uma das grandes preocupações apresentadas, ano passado, pelo Governo moçambicano em Maputo, quando da realização da reunião de revisão da carteira de projectos e programas financiados pelo BAD.
Desde o arranque das suas actividades em Moçambique, em 1977, o Banco Africano de Desenvolvimento já desembolsou cerca de 1.3 bilião de dólares norte-americanos no financiamento de cerca de 70 acções, das quais 52 são projectos e os restantes estudos e programas, em diferentes áreas socioeconómicas.
Alice Hamer voltou, em nome da instituição, a congratular-se com a maneira como os fundos desembolsados pelo BAD estão a ser geridos pelo Governo de Moçambique, considerando que o escritório regional pode ajudar para que as coisas não só melhorem como andem mais depressa.
Com relação aos desembolsos para apoio ao orçamento, Alice Hamer referiu que estes atingem os 100 porcento, enquanto que no que diz respeito ao financiamento dos projectos, a disponibilidade situa-se actualmente entre 30 e 35 porcento.
Alice Hmer não é personalidade nova no nosso país, tendo em conta que durante muito tempo trabalhou, na sede do BAD, em vários projectos e programas relacionadas com Moçambique. “Conheço bem Moçambique. A coisa mais importante é fazer com que a estratégia do BAD para Moçambique seja bem implementada e os projectos produzam o impacto desejado”, referiu.
Entretanto, intervindo num almoço de recepção da nova representante do BAD, a directora nacional de Investimentos e Cooperação, no Ministério da Planificação e Desenvolvimento, Ana Dimande, disse que está em preparação um programa de visitas aos principais projectos que contam com o financiamento daquela instituição financeira internacional.
Afirmou que a chegada da nova representante é bem-vinda porque coincide com a preparação da Reunião Anual dos Governadores do Banco Africano de Desenvolvimento, agendada para próximo ano em Maputo.
O envolvimento do BAD em Moçambique se faz sentir sobretudo no Orçamento do Estado (vai injectar 30 milhões de dólares para 2008) e projectos como reabilitação da barragem de Massingir, na província de Gaza, microfinanças, para além do projecto de pesca artesanal no Banco de Sofala, expansão das redes de abastecimento de água e energia.
O escritório regional do BAD que funciona em Maputo zela para além de Moçambique, da África do Sul, Suazilândia, Lesotho, Botswana e Namíbia. (Notícias)
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