quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Moçambique/Crescimento económico abrandou no 1º semestre, atingindo 8,8%

Maputo 18 setembro 2007 - O crescimento da economia de Moçambique abrandou no primeiro semestre deste ano, comparativamente ao período homólogo de 2006, crescendo 8,8 por cento, quando no mesmo período do ano passado tinha crescido 10 por cento, disse fonte governamental.


O ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, justificou o abrandamento da economia do país com os desastres naturais ocorridos no início do ano, nomeadamente as cheias no vale do Zambeze, centro, e o ciclone Flávio, que destruiu parte significativa das zonas turísticas da província de Inhambane, sul de Moçambique.


Apesar do crescimento global nos primeiros seis meses ter decrescido, a cifra atingida representa um passo importante rumo ao alcance da meta planificada pelo governo, que foi de sete por cento, reconheceu.


Segundo Cuereneia, os sectores que registaram maior crescimento no período em referência foram a Electricidade e Água (24,5 por cento), Restauração e Hotelaria (17,1 por cento), Transportes e Comunicações (16,1 por cento), Comércio (14 por cento) e Construção Civil (10,5 por cento).


O sector agrícola, que emprega mais da metade da população activa moçambicana (o país tem 18 milhões de habitantes), também cresceu 8,8 por cento, contando com um financiamento que representa um aumento de 17 milhões de euros.


Devido às suas características, nomeadamente uma forte dependência em relação a factores naturais e a falta de infra-estruturas, a área da Agricultura não tem recebido financiamento adequado, por o sector privado entender tratar-se de alto risco.

A produção de gado, por seu turno, cresceu 7,7 por cento, mas as pescas caíram 8,2 por cento e a silvicultura 5,4 por cento.


A taxa de inflação no primeiro semestre foi de 3,7 por cento com a previsão governamental para o ano de 2007 a ser de seis por cento, destacou o governante.


Durante os primeiros seis meses do corrente ano, o governo moçambicano aprovou 85 novos investimentos no valor de 1, 3 mil milhões de euros, número que inclui o investimento a ser feito pela Companhia brasileira Vale do Rio Doce em Moatize (Tete, centro), que representa 83 por cento do total anunciado. (Notícias Lusófonas)

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