Juliana Cézar Nunes, enviada especial/Agência Brasil/24 setembro 2007
Nova York (EUA) - As organizações civis que atuam na defesa da igualdade de gênero anteciparam o debate sobre mudanças climáticas na Organização das Nações Unidas (ONU) e apresentaram propostas para estimular governos e empresas a envolver as mulheres na formulação de políticas contra o aquecimento global. O documento deve ser analisado na reunião marcada pela ONU para esta segunda-feira (24), na qual o Brasil será representado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
As ativistas argumentam que a população feminina está mais vulnerável aos efeitos dos desastres naturais por, entre outros fatores, ser maioria nas comunidades pobres e em condições precárias de moradia. Em situações de emergência, as mulheres seriam as últimas a receber informações sobre formas de proteção e serviços de assistência.
Ela critica o Painel Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC) da ONU por não ter dado destaque em seu último relatório à situação das mulheres frente ao aquecimento global. Para Lorena, países como o Brasil, que já tem desenvolvido projetos de promoção dos direitos das mulheres, também precisam assumir, internacionalmente, a defesa de uma política ambiental diferenciada no que diz respeito à eqüidade de gênero.
"É uma política que começa a ser copiada por vários países da região, apesar de algumas dúvidas sobre os benefícios ecológicos, sociais e para a segurança alimentar. O impacto disso estará certamente concentrado nas mulheres, principais responsáveis pela subsistência e garantia de alimentação em todo o mundo."
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