Havana, 21 setembro 2007 (Dos enviados especiais) – O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, enalteceu hoje (sexta-feira), em Havana, a contribuição de Cuba na defesa da integridade e estabilidade de Angola, na libertação completa do continente africano e na constituição de um mundo de paz, de progresso, solidariedade e de justiça.
O Chefe de Estado falava num encontro com veteranos de guerra cubanos que participaram, ao lado de angolanos, nas guerras contra a invasão estrangeira a Angola e contribuíram para a estabilidade da região Austral.
“Em Angola estivemos presentes ombro a ombro, na luta contra o colonialismo português até a grande conquista da paz e da estabilidade da África Austral. Foram os combatentes cubanos, que ao lado de angolanos, namibianos e sul-africanos ajudaram a alterar o panorama político na África Austral”, sublinhou.
"Agradeço ao comandante Fidel Castro, Presidente de Cuba, que nos momentos mais difíceis da história da humanidade, do tempo da guerra fria, e numa altura que a situação em Angola parecia desesperada, respondeu ao apelo de Agostinho Neto, o primeiro presidente de Angola, para socorrer o povo angolano" - disse.
Adiantou que hoje Angola, Namíbia, Zimbabwe e África do sul são países que constroem novas realidades, adaptadas à realidade actual, continuando “a mesma luta, os mesmos objectivos tendo sempre como o centro das atenções a independência dos povos, e de cada um, a luta pelo bem- estar e a felicidade dos homens".
“A vitória é dos povos de Angola e de Cuba para que mostrássemos ao mundo que podemos resistir, realizar os nossos sonhos, mostrar uma alternativa àqueles que oprimem e exploram, um mundo melhor, de paz, progresso, solidariedade e de justiça", frisou.
Apontando para a plateia, disse: “Foram estes combatentes e outros que tombaram que completaram a tarefa da libertação total da África, com as independências da Namíbia e do Zimbabue e a abolição do Apartheid e a democratização da África do Sul, bem como a pacificação de Angola".
Considerou ser motivo de orgulho, de alegria e um previlégio estar com pessoas que deram o melhor de si durante muitos anos pela independência e liberdade dos povos, com vista a criar melhores condições de vida para os cidadãos.
Afirmou que cada uma deles, a maioria com mais de 65 anos de idade, tinha “histórias memoráveis por contar, episódios da vida por que passaram, de actos de bravura e de grande coragem, com uma vida legendária a favor dos povos oprimidos”.
Ouvido atentamente, por uma plateia dominada maioritariamente por indivíduos com mais de 65 anos de idade, sublinhou que há que se reparar o tempo perdido, pois a tarefa das lideranças para melhoria das condições de vida dos cidadãos ainda é gigantesca, os objectivos pelos quais os povos lutam são permanentes e os homens têm a ambição de viver cada vez melhor.
"Temos de continuar a lutar para alcançar os níveis dos países desenvolvidos, porque são tão homens como nós, têm a mesma inteligência que nós, e há países como Cuba cujas conquistas tecnológicas e nos domínios das saúde, da educação são reconhecidas. A forma como resiste a um brutal bloqueio económico ao mesmo tempo que consegue criar condições para o bem-estar para o seu povo é o exemplo desta inteligência, da firme vontade de lutar e vencer", referiu.
No encontro, os veteranos lembraram a “Operação Carlota” que consistia em ajudar os angolanos a alcançar a sua independência e a combater as forças estrangeiras que invadiam o país e tentavam impedir a sua autodeterminação.
Na mensagem lida no encontro, os veteranos afirmaram que as forças “internacionalistas” cubanas saíram de Angola, por força dos acordos de Nova Iorque, com a satisfação de dever cumprido. (AngolaPress)
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