Maputo, 21 de Setembro 2007 - Dezassete projectos das áreas de investigação científica, inovação e transferência de tecnologia foram financiados pelo Fundo Nacional de Investigação (FNI), que, para o efeito, disponibilizou 13.894.584,10 meticais. Trata-se de projectos virados essencialmente para os sectores da Agricultura, Educação, Energia, Saúde, Ciências Marinhas e Pescas, Recursos Minerais, Água, Sustentabilidade Ambiental, Etnobotânica e Ciências Sociais, definidos pelas autoridades governamentais como áreas prioritárias, segundo afirmou ontem, em Maputo, o Ministro da Ciência e Tecnologia (MCT), Venâncio Massingue.
Falando no decurso de uma conferência de Imprensa convocada para a apresentação das realizações do seu ministério desde a sua criação, há cerca de três anos, aquele governante disse que a área da ciência e tecnologia não é exclusiva dos académicos, mas de todos, naquilo que, aliás, constitui a base da Visão Estratégica do MCT.
A definição das áreas prioritárias de investigação científica resulta do reconhecimento de que aquela actividade deve ter impacto nas populações, daí que o desafio que se coloca aos investigadores é de transformar os conhecimentos em serviços.
No âmbito da implementação daquilo que constitui a Visão Estratégica do ministério, várias acções foram desenvolvidas, nomeadamente a elaboração e aprovação da legislação sobre o Estatuto do Investigador Moçambicano, do Plano de Desenvolvimento de Recursos Humanos, do Conselho de Ciência e Tecnologia, do Sistema de Mobilidade do Investigador Científico e o Regulamento de Biossegurança referente aos Organismos Geneticamente Modificados. Outros instrumentos que foram criados e aprovados são o licenciamento de Actividades e Registo de Instituições de Investigação, os Centros Regionais de Ciência e Tecnologia e a Estratégia de Propriedade Intelectual.
A operacionalização dos órgãos centrais e centros regionais de Ciência e Tecnologia permitiu o reforço da integração da ciência, tecnologia e inovação nas acções de desenvolvimento realizadas aos diferentes níveis, ao mesmo tempo que a criação da Academia de Ciências de Moçambique abriu espaço para interacção entre cientistas do país e a mobilização das academias mundiais para apoiar a actividade científica, segundo afirmou.
Outras actividades realizadas compreenderam a criação de um banco de dados sobre instituições nacionais de pesquisa, cursos sobre metodologias de investigação e concepção e operacionalização do Plano de Desenvolvimento de Recursos Humanos, Ciência e Tecnologia no âmbito da ciência, tecnologia e inovação, que preconiza a formação de 6595 quadros, com metas quinquenais, a atingir até 2025.
No âmbito do desenvolvimento da primeira actividade, de acordo com Venâncio Massingue, para além das instituições do ensino superior foram cadastradas 17 instituições de investigação que de facto fazem investigação, ao mesmo tempo que foram capacitados 116 investigadores, em resultado da realização de cursos sobre metodologias de investigação. (Notícias)
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